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copa 2014

- Publicada em 12 de Junho de 2014 às 00:00

Sem empolgar o público, festa de abertura da Copa exalta o Brasil


PEDRO UGARTE/AFP/JC
Jornal do Comércio
Ainda com as arquibancadas com alguns espaços vazios, o gramado do Itaquerão recebeu, na tarde desta quinta-feira (12), a cerimônia artística de abertura da Copa. O evento, que durou aproximadamente 25 minutos, exaltou o Brasil, por meio da natureza, da cultura e do futebol. Claudia Leitte, Pitbull e Jennifer Lopez interpretaram a música tema do Mundial sem conseguir empolgar o público.

Ainda com as arquibancadas com alguns espaços vazios, o gramado do Itaquerão recebeu, na tarde desta quinta-feira (12), a cerimônia artística de abertura da Copa. O evento, que durou aproximadamente 25 minutos, exaltou o Brasil, por meio da natureza, da cultura e do futebol. Claudia Leitte, Pitbull e Jennifer Lopez interpretaram a música tema do Mundial sem conseguir empolgar o público.

A parte artística foi dividida em quatro atos. Na primeira, exaltação à natureza brasileira. Atletas da ginástica de trampolim se exibiram sobre uma cama elástica em formato de vitória régia. Entre as fantasias viam-se gotas d'água, araucária, arbustos e flores. Em ritmo lento, os figurantes formaram uma floresta em movimento, com direito a rio e duas canoas, cada uma com um índio.

Com a chegada dos dois jovens indígenas, moradores de uma tribo na região Sul de São Paulo, abriu-se a segunda etapa da cerimônia, exaltando as pessoas. Só aí começaram os ritmos brasileiros, com referências à cultura nacional, com música afro, frevo, berimbau, baianas, fandango, baião e capoeira. À medida que os rimos variavam, mudavam também as danças.

Depois de cerca de 15 minutos, teve início o terceiro ato, o futebol. A ação começou com dois árbitros mirins dando início à partida. Cerca de 65 crianças, levando a bandeira das 32 seleções da Copa, exibiram-se com bolas presas a elásticos. No total, participaram da cerimônia mais de 600 bailarinos, comandados pela belga Daphne Cornez, diretora artística do espetáculo. 

Enquanto o ônibus da seleção brasileira chegava ao estádio, levando os jogadores para o vestiário, a bola oficial da Copa entrou no gramado. Era o sinal para o gigante painel de LED em formato de bola abrir-se e, de dentro, aparecer a cantora baiana Claudia Leitte, cantando Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, em playback. Ela foi acompanhada pelo Olodum.

PEDRO UGARTE/AFP/JC
Trio de cantores não animou o público

Depois, quando os jogadores da seleção começaram a pisar no Itaquerão, Pitbull e Jennifer Lopez também saíram do centro do palco para, com Claudia Leitte, interpretar a música tema da Copa, We Are One. Ao fim da música, aos poucos, os cantores e os bailarinos deixaram o gramado.  

O fim da cerimônia artística também deixou um gostinho de "quero mais". Afinal, não houve nenhuma surpresa e também não ocorreu nenhum pronunciamento. Presente ao Itaquerão, a presidente Dilma Rousseff não discursou ou sequer deu boas-vindas a atletas, dirigentes e visitantes em geral. Assim, essa é a primeira Copa do Mundo em anos que não é aberta oficialmente pelo chefe de Estado do país-sede. Presidente da Fifa, Joseph Blatter também ficou calado.

No ano passado, ambos foram alvos de fortes vaias dos torcedores presentes no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, durante a abertura da Copa das Confederações, na esteira das manifestações que estouraram pelas ruas do Brasil em junho. Na ocasião, eles foram alvo fácil por simbolizarem os criticados gastos públicos para a realização do Mundial no País.

Apenas quatro países representados na Copa do Mundo mandaram seus chefes de Estado ao Itaquerão: Chile, Croácia, Equador e Gana. Também esteve presente o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

O chute dado pelo voluntário Juliano Pinto, 29 anos, paraplégico que vestia um exoesqueleto, uma estrutura robótica que o manteve de pé, era bastante esperado, mas mal foi visto na apresentação. Juliano, paciente do projeto Walk Again (Andar de Novo), chutou uma bola durante a cerimônia, mas ficou restrito à lateral do campo, sob um tapete vermelho e com pouco destaque durante a apresentação de abertura. Nas redes sociais, houve um misto de parabenizações e críticas à pouca atenção dada à demonstração.  

Juliano ficou paraplégico em 2006, depois de sofrer uma lesão medular num acidente de carro em Gália, em São Paulo. O Comitê Organizador da Copa do Mundo informou que a demonstração ocorreu fora do campo para não prejudicar o gramado por causa do peso do equipamento. Com informações da Agência Brasil e do Estadão Conteúdo.

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