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Histórias do Comércio e dos Serviços

- Publicada em 24 de Março de 2014 às 00:00

O doce sonho da Torta de Sorvete


JOÃO MATTOS/JC
Jornal do Comércio
Quem consome a Torta de Sorvete, tradicional sobremesa de Porto Alegre, pode nem imaginar que sua história começou, literalmente, de um sonho. Com dificuldades para desenvolver o doce como pretendido, foi durante o sono da mãe de uma das fundadoras da marca que surgiu a ideia da receita utilizada até hoje, composta por sorvete de baunilha, merengues e chocolate, e que deu origem a um negócio que já atinge quatro estados brasileiros.

Quem consome a Torta de Sorvete, tradicional sobremesa de Porto Alegre, pode nem imaginar que sua história começou, literalmente, de um sonho. Com dificuldades para desenvolver o doce como pretendido, foi durante o sono da mãe de uma das fundadoras da marca que surgiu a ideia da receita utilizada até hoje, composta por sorvete de baunilha, merengues e chocolate, e que deu origem a um negócio que já atinge quatro estados brasileiros.

Foi a partir de uma viagem para Buenos Aires feita, na época, pela criadora da receita que a ideia de se comercializar a sobremesa ganhou força. “Lá, há muito tempo, havia esse costume de comer doces gelados, costume que há pouco começou a pegar no Brasil”, comenta uma das sócias da Torta de Sorvete, Roberta Maestri. Além disso, a empresária relembra que, na época, não havia sobremesa nos restaurantes da Capital, o que configurava uma grande oportunidade na visão das fundadoras.

Produzida inicialmente na cozinha da casa de uma das sócias e vendida em apenas um restaurante, a sobremesa logo caiu no gosto dos porto-alegrenses. “Começamos a vender no Barranco, que foi nosso primeiro ponto de venda e é até hoje nosso maior parceiro”, conta Roberta. “As pessoas comiam a fatia de torta no restaurante e queriam saber quem fazia, onde comprar, o que acabou nos dando uma divulgação muito grande”, continua a empresária, lembrando que, graças a isso, rapidamente surgiram pedidos encomendados diretamente à empresa.

Com o aumento da demanda, surgiu, em 1987, a loja própria da Torta de Sorvete, localizada desde então na rua Padre Chagas, na Capital, o que ocasionou a expansão da oferta de produtos. “No começo, foi difícil. Por ser uma sobremesa gelada, chegava o inverno e baixava muito o volume de vendas”, comenta Roberta. A solução encontrada foi a de começar a produção, também, de tortas de pão-de-ló, vendidas até hoje na loja e também sob encomenda. “Hoje em dia, porém, até por ser uma sobremesa mais substanciosa, que acompanha uma calda quente, já vendemos de igual pra igual no inverno. O pessoal está mais acostumado”, brinca a empresária.

Por mês, entre as vendas da loja, nos restaurantes e em redes de supermercados, são comercializadas, em média, 15 mil fatias de 150g da Torta de Sorvete, montadas artesanalmente em uma fábrica inaugurada em 1994. As tortas geladas, aliás, são a grande aposta da empresa. Desde 2010, outros dois sabores foram lançados: versões de sorvete das tradicionais tortas Suiça e Marta Rocha.

O ponto alto das encomendas, entretanto, acontece sempre em dezembro. “Desde o início, já são quase 27 anos que parece que todo mundo precisa da torta no Natal”, brinca Roberta. “Chegamos a dobrar o faturamento em dezembro”, continua a empresária. Para atender a procura, um dos principais desafios da Torta de Sorvete foi contornado no ano passado. Após estudos em parceria com uma empresa especializada no desenvolvimento de máquinas, um equipamento foi criado para fatiar as tortas, algo que era, até então, feito manualmente. 

Objetivo é atingir mais mercados com nova fábrica

Com previsão de inauguração ainda para 2014, outra novidade da Torta de Sorvete será uma nova fábrica, localizada no bairro Glória, em Porto Alegre. De acordo com a sócia da empresa, Roberta Maestri, a meta com a unidade, que irá substituir a atual, é dobrar a produção, para uma média de 30 mil fatias de sobremesa por mês. 

Um dos objetivos com a mudança é continuar a expansão para outros estados. Desde 2010, a Torta de Sorvete, que já era vendida também no Interior e Litoral gaúchos, pode ser encontrada em Santa Catarina, Paraná e São Paulo, graças a parcerias da empresa com distribuidoras locais. O foco, segundo Roberta, é a venda de fatias para restaurantes, “da mesma forma como começamos aqui em Porto Alegre”, comenta ela.

O maior problema para atingir o objetivo, porém, é a logística para grandes distâncias, por se tratar de um produto que necessita refrigeração a -20o. “Para São Paulo, ainda conseguimos enviar em um caminhão refrigerado, mas para além disso, fica inviável” comenta Roberta. “Porém, se der, queremos espalhar por todo o Brasil”, continua ela, projetando uma nova fábrica, dessa vez na Região Sudeste do País, como possível solução.

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