Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Histórias do Comércio e dos Serviços

- Publicada em 17 de Março de 2014 às 00:00

Gecepel mantém tradição de atender à vizinhança


FREDY VIEIRA/JC
Jornal do Comércio
A história de uma das redes de supermercados de bairro mais tradicionais de Porto Alegre começou há quase 50 anos. Em 4 de novembro de 1965, Jacy Pfitscher inaugurava, no número 4.143 da avenida Protásio Alves, um pequeno atacado para atender ao comércio local. Hoje, os supermercados da rede Gecepel estão presentes em quatro pontos da capital gaúcha.

A história de uma das redes de supermercados de bairro mais tradicionais de Porto Alegre começou há quase 50 anos. Em 4 de novembro de 1965, Jacy Pfitscher inaugurava, no número 4.143 da avenida Protásio Alves, um pequeno atacado para atender ao comércio local. Hoje, os supermercados da rede Gecepel estão presentes em quatro pontos da capital gaúcha.

O comerciante comercializava produtos básicos para pequenos armazéns de vilas. Comprava milho, arroz e feijão, entre outros produtos, empacotava e vendia em fardos. “Era um atacado tradicional com atendimento de balcão. Quem tinha armazém fazia o pedido, separava a mercadoria e levava embora”, conta o diretor do Gecepel, Paulo Pfitscher, que é filho do fundador. 

A empresa também tinha vendedores de rua que coletavam os pedidos e, depois, a entrega era feita. Mas, nos anos de 1970, com a entrada no Brasil da rede atacadista Makro, veio o primeiro susto. Segundo Pfitscher, foi preciso se adaptar ao modelo da concorrência. “Eles tinham um sistema diferenciado com atendimento de autosserviço. Isso nos preocupou, mas fez a gente se mexer”, explica.

A família aproveitou outro terreno de sua propriedade, também na Protásio Alves (onde hoje fica a matriz) e montou um novo atacado, nos mesmos moldes do concorrente. Mas, no fim da década de 1980, outro movimento fez os negócios balançarem. “A indústria passou a vender direto para os armazéns e minimercados e o nosso faturamento começou a cair. Com isso, mudamos o foco para o consumidor final”, afirma o diretor da rede. 

Para entrar neste novo ramo, os donos buscaram se reciclar. Procuraram o Sebrae para ter consultoria e evoluir nos negócios. Até então, eram apenas 20 funcionários. Hoje, em toda a rede, atuam 300 pessoas. “Sempre fomos uma empresa familiar, com o controle dos negócios, e tivemos que delegar funções para outras pessoas. Mas o processo evoluiu e hoje temos quatro lojas.”

A partir dos anos 2000, começaram a surgir  as novas filiais. Além da matriz, na Protásio Alves, no bairro Chácara das Pedras, existem outras três lojas: uma no Morro Santana, mais ao alto da própria Protásio Alves, uma no Jardim Botânico, na rua Guilherme Alves, e uma na Independência, mais próxima ao Centro de Porto Alegre.

Pfitscher diz que existe a grande concorrência das grandes redes varejistas, mas avalia que o público do Gecepel é aquele fiel, que prefere a comodidade e a facilidade de ter um supermercado perto. “Muitas pessoas não gostam de hipermercados, é muito grande o lugar, tem muita fila. A gente pensa muito em facilitar para o cliente, com atendimento de conveniência, agilidade, facilidade de estacionamento. É uma vantagem competitiva”, observa.

Mas o diretor da empresa salienta também que não se pode pensar apenas nos concorrentes diretos. Pfitscher diz que, com as mudanças de hábito dos consumidores, as lojas de conveniência, tele-entrega e até os restaurantes podem tirar público dos supermercados. “As pessoas estão comendo muito mais fora de casa. O varejista tem que se dar conta de não basta só olhar para os concorrentes diretos, pois existe um mercado para o consumidor novo. Esse é o nosso grande concorrente. Precisamos estar atento para isso”, afirma.

Do atacado ficou a tradição. A passos firmes e sempre atentos nas mudanças, o Gecepel se consolida como uma rede que atende os bairros de Porto Alegre com a mesma simplicidade dos primórdios mas também com o profissionalismo e agilidade que o mundo atual exige.

Novas lojas para as classes C, D e E

Com todas as mudanças no hábito dos consumidores, o Gecepel procurou sempre estar à frente no mercado, segundo o diretor Paulo Pfitscher. Ele explica que, nos últimos dois anos, a rede varejista passou por um processo de qualificação. Além da família, que trabalha unida no negócio, a empresa buscou profissionais de mercado para posições estratégicas.

O aumento do consumo das classes C, D e E também é observado como uma grande oportunidade, conforme o diretor do Gecepel. Isto está baseado no sucesso de lojas como a do Morro Santana, onde a rede já virou referência. “A nossa loja do Morro Santana é diferente do perfil do Centro. Lá tem mais famílias, enquanto no Centro são pessoas mais novas que consomem pouco”, salienta Pfitscher.

O plano para 2015 é ampliar o número de lojas da rede em pontos prioritários que atendam a essas classes sociais.  “Pretendemos voltar a buscar novas lojas de bairro, no mesmo estilo. É um mercado muito crescente”, completa.

Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO