A Arquidiocese de Porto Alegre

No retrospecto, percebemos as mudanças acontecidas nos últimos 100 anos em nosso estado. De uma diocese, passou para 18 dioceses; de uma arquidiocese, chegou a  quatro províncias eclesiásticas, recebendo, junto a Porto Alegre, as arquidioceses de Santa Maria, Pelotas e Passo Fundo.

Em 2001, a arquidiocese de Porto Alegre foi organizada em seis vicariatos episcopais: cinco territoriais e um da cultura. Montenegro, nesse meio tempo, foi elevada a diocese, ficando os vicariatos de Porto Alegre, com um município; de Canoas, com quatro municípios, Gravataí, com cinco municípios; e Guaíba, com 19 municípios. O vicariato da cultura coordena as pastorais e os movimentos supraparoquiais.

Na missão da Igreja, destacam-se três dimensões: de culto, com ênfase nas paróquias; de evangelização, pela  animação missionária; de caridade, com a implantação das diaconias, sob responsabilidade dos diáconos permanentes. Em todas essas dimensões, leigos, homens e mulheres têm participação intensa, cabendo-lhes, porém, por sua índole secular, em primeiro lugar, a responsabilidade da construção do mundo de acordo com o Evangelho.

Para melhor articulação da pastoral e o funcionamento de conselhos e pastorais, elaborou-se o Regimento da Arquidiocese de Porto Alegre, com 246 artigos e mais quatro anexos com as normas administrativas. Convém lembrar que a Igreja conta com diversos conselhos para a participação de todos os setores: o Conselho Arquidiocesano de Presbíteros; os Conselhos de Presbíteros do cada vicariato; o Conselho Econômico da Arquidiocese, de cada Vicariato e de cada paróquia; o Conselho pastoral da Arquidiocese, dos vicariatos e de cada paróquia. Todas as questões de alguma importância passam por esses conselhos.

No plano patrimonial, registra-se a venda do prédio do Seminário Maior de Viamão para construir, nos fundos de seu terreno, casas menores de formação presbiteral, mais funcionais; a reforma do seminário de Gravataí e o restauro da Cúria Metropolitana, ainda em curso, entre outras obras.

Este é, por assim dizer, o invólucro da arquidiocese. Seu conteúdo vital são a Igreja de Cristo e a ação do Espírito Santo que a dirige. É preciso lembrar que, na Arquidiocese de Porto Alegre, subsiste a Igreja de Cristo com suas notas básicas: una, santa, católica e apostólica. Aqui se anuncia o Evangelho, se administram os sacramentos, se vive a caridade.

Mas, com a certeza de que estas propriedades provêm do próprio Cristo e  caracterizam  nossa Igreja particular, sentimos quanto ainda estamos longe de sua plenitude. Somos Igreja peregrina que deve crescer tanto no anúncio e na vivência do Evangelho, aperfeiçoar seu empenho de reunir os fiéis para o culto divino e continuar a incentivar a caridade, como vínculo de perfeição. Há um longo caminho a percorrer até que Deus seja tudo em todos.