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PRÊMIO O FUTURO DA TERRA

- Publicada em 21 de Agosto de 2012 às 00:00

Professor é referência nacional em citricultura


FREDY VIEIRA/JC
Jornal do Comércio
Professor da Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) desde 1990, Sergio Francisco Schwarz não poupa esforços nem conta as horas quando se trata de ajudar citricultores do Estado a produzir com mais eficiência. Juntamente com os seus alunos de graduação e pós-graduação, dentro de sala de aula ou nos pomares do Departamento de Silvicultura e Horticultura da universidade, Schwarz supervisiona diversas linhas de pesquisa sobre manejo e melhoramento de plantas cítricas.
Professor da Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) desde 1990, Sergio Francisco Schwarz não poupa esforços nem conta as horas quando se trata de ajudar citricultores do Estado a produzir com mais eficiência. Juntamente com os seus alunos de graduação e pós-graduação, dentro de sala de aula ou nos pomares do Departamento de Silvicultura e Horticultura da universidade, Schwarz supervisiona diversas linhas de pesquisa sobre manejo e melhoramento de plantas cítricas.
Formado em 1985 na mesma universidade onde hoje seu nome é referência, Schwarz sempre teve interesse pelo trabalho no campo, mesmo que tenha nascido e crescido na área urbana do município de Alvorada. Da infância, lembra-se das histórias contadas pelos seus pais, chegados à cidade na década de 1950 por conta de um grande movimento de êxodo rural. “Eles sempre me falaram sobre o campo. Daí veio o meu gosto por estar no pátio com as árvores frutíferas e uma pequena horta que mantínhamos. Como eu me interessava pelas plantas, fiz Escola Técnica Agrícola no Ensino Médio. Assim, foi até natural a escolha pela Agronomia”, conta.
Os anos de experiência ensinando e pesquisando sobre o assunto levam o professor a indicar a fruticultura como uma alternativa economicamente interessante para o agricultor de pequenas propriedades. Segundo ele, o plantio de grãos ou a pecuária extensiva são menos rentáveis para quem tem poucos hectares à disposição. “Temos muitas regiões do Estado onde a partilha do solo foi grande e muitas pessoas dispõem de pequenas áreas. A fruticultura, nesse caso, é uma boa opção”, salienta. Como exemplo, Schwarz cita a região do Alto Uruguai. “Eles estavam quebrando quando decidiram por outras opções agrícolas. Agora, é a principal região em produção de laranja no Estado. A fruticultura foi uma opção muito rentável porque lá tem um grande número de pequenas propriedades” percebe.
Porém, o maior retorno financeiro não vem por mágica. É preciso ter noção de que o manejo de plantas frutíferas exige uma mão de obra mais atenta. “A fruticultura, assim como a produção de hortaliças, pede mais do agricultor, porque os produtos são bastante perecíveis”, adverte. Comparando com a produção de grãos, por exemplo, as frutas e hortaliças permitem muito menos tempo de armazenagem - é preciso repassar ao mercado rapidamente. Em câmara fria é possível estocar por um mês, no máximo, e o produtor precisaria ter sua própria estrutura de armazenagem. Já quem produz grãos tem a alternativa de recorrer a alguns silos públicos disponíveis.
A mesma atenção e paciência que o produtor precisa despender para produzir frutas de boa qualidade também são imprescindíveis para o pesquisador de espécies frutíferas. Algumas pesquisas realizadas pela Ufrgs no campo da fruticultura, muitas sob coordenação do professor Sérgio Schwarz, podem levar até 10 anos para que apresentem algum resultado.

Palestras levam informações acadêmicas aos agricultores

Há sete anos Sérgio Francisco Schwarz atua como coordenador do Ciclo de Palestras sobre Citricultura do Rio Grande do Sul, evento realizado anualmente em parceria entre Ufrgs, Emater-RS e Fepagro. Durante dois dias, reúnem-se alunos, professores, técnicos e produtores rurais para tratar de todos os temas relevantes sobre a produção de cítricos.
Durante as discussões, os citricultores são informados sobre os resultados das últimas pesquisas, além de receberem diversas dicas e orientações que não são propriamente uma novidade para o meio acadêmico, mas ainda são desconhecidas pelos produtores. Dentre os palestrantes convidados, não é raro encontrar especialistas de fora do Estado, de outras universidades e centros de pesquisa. Estrangeiros também. “Já trouxemos pesquisadores da Espanha, e temos muito contato com os argentinos e uruguaios. É uma troca de experiências muito proveitosa”, considera Schwarz.
A edição de 2012 aconteceu em maio, em Arvorezinha. Em 2013, o evento completará a sua 20ª jornada, que já tem local definido - o município de Maximiliano de Almeida. Participar das palestras é uma boa oportunidade para o produtor dialogar com os pesquisadores.
PRÊMIO ESPECIAL
João Mielniczuk: Revista Ciência Rural - Professor Titular Aposentado do Depto. de Solos da Ufrgs.
PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
Ilsi Boldrini: Professora associada da UFRGS/ Instituto de Biociências.
Silvia Terezinha Sfoggia Miotto: Professora Associada da UFRGS do Instituto de Biociência, Departamento de Botânica
CADEIAS DE PRODUÇÃO AGRÍCOLA
Algenor da Silva Gomes, Pesquisador Aposentado da Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS).
David Driemeir, Professor da Veterinária da Ufrgs.
TECNOLOGIA RURAL
Ronaldo Matzenauer, Fepagro.
César Valmor Rombaldi, Professor Titular da Ufpel, Departamento de Agronomia.
NOVAS ALTERNATIVAS AGRÍCOLAS
Sérgio Francisco Schwarz, professor adjunto da Ufrgs, departamento de horticultura e silvicultura.
Celso Aita, Professor Associado da UFSM/Depto. Solos.
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