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Histórias do Comércio e dos Serviços

- Publicada em 13 de Agosto de 2012 às 00:00

Martins Livreiro expande mercado


JONATHAN HECKLER/JC
Jornal do Comércio
De jornaleiro a entregador de encomendas, Manuel dos Santos Martins começou a vender livros em universidades até que, em 1956, fundou uma pequena livraria de volumes usados em um porão na rua Riachuelo. Chamado de livreiro, o apelido carinhoso uniu-se ao sobrenome e deu origem ao nome da loja: Martins Livreiro. “Manuel era um autodidata, com pouco estudo e amante dos livros”, lembra Ivan Alberto Almansa, atual proprietário do estabelecimento.
De jornaleiro a entregador de encomendas, Manuel dos Santos Martins começou a vender livros em universidades até que, em 1956, fundou uma pequena livraria de volumes usados em um porão na rua Riachuelo. Chamado de livreiro, o apelido carinhoso uniu-se ao sobrenome e deu origem ao nome da loja: Martins Livreiro. “Manuel era um autodidata, com pouco estudo e amante dos livros”, lembra Ivan Alberto Almansa, atual proprietário do estabelecimento.
Almansa firmou sociedade com o ex-sogro em 1982, quando a loja já não estava mais em um porão. O engenheiro civil mudou radicalmente de profissão, e passou a investir em obras jurídicas, triplicando o espaço dedicado a elas. Hoje, cerca de 40% dos volumes são voltados para o Direito. A Filosofia também foi reforçada e atualmente é um dos tópicos mais vendidos, junto com as leituras clássicas.
Em 1989, o fundador da loja faleceu e Almansa comprou a outra parte da sociedade. Dez anos depois, a livraria mudou-se novamente para nova locação na mesma rua, porém com uma área maior para acomodar as obras. Sem fugir do seu propósito, cerca de 85% do acervo é composto por livros usados. Entre eles, estão os best sellers, os clássicos da literatura brasileira e estrangeira, as leituras obrigatórias para vestibulares, entre outros na vasta diversidade. Os saldos oferecidos regularmente permitem comprar livros por R$ 1,00, mas, o mais valioso da casa pode valer até R$ 3 mil.
A mercadoria vendida no sebo é adquirida de bibliotecas fechadas ou de pessoas interessadas em vender volumes que não lhes interessam mais. A compra no balcão é de, no mínimo, 20 volumes, e, para a busca a domicílio, é estipulado o mínimo de 100 livros. “Olhamos o autor, a editora, o estado do livro e o valor comercial. São os quatro itens básicos que se usa para avaliação de um livro”, conta Almansa. Algumas obras excepcionais com dedicatórias, autógrafos ou ex-proprietário famoso elevam os preços.
Os clientes são de variadas classes sociais, idades e interesses. São fregueses fiéis, com visitas diárias, semanais ou esporádicas. Segundo o proprietário, o público é formado por engraxates que entram na loja para ler gibis, até ministros de estado. Todos recebem tratamento especial, como na época de Martins. “O cliente é amigo em primeiro lugar, esse vínculo permaneceu desde o começo da loja e a gente continua.”
Sebo investe em vendas pela internet
Ivan Alberto Almansa conta que a oferta para a venda de livros cresceu nos últimos anos. O comércio tornou-se vasto e a competitividade aumentou. Junto com isso se agrega a venda de obras através da internet, em que todos têm acesso a compra e venda nos diferentes cantos do Brasil e do Mundo.
Então, a Martins Livreiro aderiu aos negócios virtuais, que demonstram bons resultados. “Assim como perdemos clientes com outros estados vendendo livros para os nossos clientes, nós também abrangemos todo o Brasil e até o Exterior”. A loja já fidelizou clientes nos diferentes estados brasileiros e inclusive na Europa. Almansa comemora que, assim, a circulação de livros se intensifica e as vendas aumentam. “Hoje temos vitrine no Brasil todo.”
As 400 mil peças em estoque motivaram também a abertura de uma nova loja com o mesmo propósito. A livraria Erico Verissimo foi nomeada em homenagem ao maior escritor do Rio Grande do Sul, segundo o proprietário. Martins Livreiro também possui duas editoras comandadas pela herdeira do fundador. Porém, o empreendimento bem-sucedido não motiva a nova geração a seguir com os negócios no futuro. Quanto a isso, Almansa espera achar um bom administrador que, principalmente, tenha amor aos livros.
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