Com sede na Capital, o Clube Pertence já impactou cerca de 1 mil pessoas

Iniciativa de Porto Alegre cria clube de viagens para pessoas com deficiência


Com sede na Capital, o Clube Pertence já impactou cerca de 1 mil pessoas

“Qual é o seu sonho?”. Essa é a primeira pergunta feita no Clube Pertence. Dividido entre clube e instituto, a iniciativa oferece diversas oficinas, clubes de passeios e atividades virtuais, buscando proporcionar experiências únicas para pessoas com deficiências. A sede fica localizada na rua Gonçalves Lêdo, nº 473, mas é fora das quatro paredes onde fica o foco do Pertence, que possui um projeto de turismo acessível. “A casa representa para nós um espaço seguro, mas o real objetivo é tirar eles de casa, a nossa metodologia é a prática, com interação não só com pessoas com deficiência”, destaca Victor Freiberg, 34 anos, presidente do Pertence ao lado de Sara Zinger, 79 anos, fundadora da iniciativa.Mesmo entendendo e abraçando as limitações, lá o foco são as possibilidades. Foi pensando nisso que a educadora Sara, após se sensibilizar com a falta de interação e vida social que os seus alunos com deficiência tinham, buscou mudar esse cenário de alguma forma. “Ela começou a colocar esses alunos no carro dela e levar para passear. Logo, os pais começaram a se animar e perguntar quando iria ser o próximo programa. Assim, nasceu o Pertence: pertencer a um grupo, pertencer a sociedade”, afirma Victor. Ainda no começo das atividades, Victor embarcou na iniciativa e, em 2011, o clube Pertence oficialmente nasceu. “Percebmos que tem uma vontade, necessidade, um direito de ser feliz, o que faltava eram as ferramentas”, enxerga.
“Qual é o seu sonho?”. Essa é a primeira pergunta feita no Clube Pertence. Dividido entre clube e instituto, a iniciativa oferece diversas oficinas, clubes de passeios e atividades virtuais, buscando proporcionar experiências únicas para pessoas com deficiências. A sede fica localizada na rua Gonçalves Lêdo, nº 473, mas é fora das quatro paredes onde fica o foco do Pertence, que possui um projeto de turismo acessível. “A casa representa para nós um espaço seguro, mas o real objetivo é tirar eles de casa, a nossa metodologia é a prática, com interação não só com pessoas com deficiência”, destaca Victor Freiberg, 34 anos, presidente do Pertence ao lado de Sara Zinger, 79 anos, fundadora da iniciativa.

Mesmo entendendo e abraçando as limitações, lá o foco são as possibilidades. Foi pensando nisso que a educadora Sara, após se sensibilizar com a falta de interação e vida social que os seus alunos com deficiência tinham, buscou mudar esse cenário de alguma forma. “Ela começou a colocar esses alunos no carro dela e levar para passear. Logo, os pais começaram a se animar e perguntar quando iria ser o próximo programa. Assim, nasceu o Pertence: pertencer a um grupo, pertencer a sociedade”, afirma Victor. Ainda no começo das atividades, Victor embarcou na iniciativa e, em 2011, o clube Pertence oficialmente nasceu. “Percebmos que tem uma vontade, necessidade, um direito de ser feliz, o que faltava eram as ferramentas”, enxerga.

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Segundo dados do IBGE de 2010, 23,9% dos brasileiros possuem alguma deficiência. Pensando nesse grande número de pessoas, o Pertence decidiu quebrar ainda mais as limitações e, inclusive, atender pessoas financeiramente à margem da sociedade. O Clube Social Pertence atende de forma particular, contanto com mensalidades. E o Instituto Social Pertence é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos, ou seja, atende de maneira gratuita. As duas atendem pessoas com deficiências e seus familiares, a diferença é que o Instituto é destinado a pessoas com deficiência em vulnerabilidade econômica. “Quando a pessoa chega aqui, passa pelas meninas que fazem uma triagem para entender onde encaixar: clube ou instituto” explica Victor. O clube conta com 65 colaboradores e o instituto com cerca de 190 voluntários.

A metodologia do Pertence é baseada em oito pilares: família, gastronomia, esporte, tecnologia, saúde, cultura, cidadania e trabalho. São esses nichos que as atividades seguem, com aula de dança, artesanato, culinária, teatro, inglês e entre outras que buscam interações entre os participantes e auxiliá-los em suas vidas pessoais e sociais. Um dos destaques das atividades é o curso Trabalho e Vida, que prepara o participante para ingressar no mercado de trabalho.

Clube de viagens

Projeto mais atual do Pertence, o clube de viagens busca levar os sonhos dos jovens e adultos cada vez mais longe. Victor conta que o projeto surgiu da demanda de um próprio participante do Pertence. A próxima viagem acontecerá em junho para Minas Gerais e terá 35 participantes, além de toda a equipe e guias turísticos. As viagens são todas organizadas pelo clube e os participantes devem ter 18 anos ou mais, já que estarão sem os pais ou responsáveis. “Essas viagens foram criadas para a diversão, mas traz uma experiência e aprendizado que não seria possível proporcionar em um ano de oficinas aqui. O fato deles fazerem as malas sozinhos, colocarem o despertador para acordar no dia seguinte, isso é único”, pondera Victor, reforçando o sentimento de pertencer e as habilidades de autonomia e responsabilidade que essas atividades proporcionam.

O futuro do Pertence

A expansão dessa iniciativa, que já impactou cerca de 1 mil pessoas, é um dos planos dos presidentes. Levar o clube e instituto para outras cidades já está nos horizontes, mas, além disso, levar a iniciativa para todas as esquinas é um sonho grande mas possível, segundo Victor. O objetivo seria levar conscientização e inclusão para todos os ambientes possíveis.

Um outro projeto que está nos planos do clube, é a criação de uma experiência de hotel para os participantes, ideia que iniciou antes da pandemia de Covid-19 e teve que ser freada. “Nós temos esse olhar atento para o dia de amanhã, como será o futuro desses jovens quando os pais não estiverem mais por perto. Então, temos essa ideia chamada “experience hotel”, que seria como um treinamento para a pessoa poder morar sozinha. Uma noite, um final de semana ou uma estadia maior, para aprender, se divertir e futuramente poder ter essa autonomia”, conta Victor.