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Opinião

- Publicada em 22 de Junho de 2018 às 01:00

Como a crise afetou a construção civil

Que o Brasil enfrenta uma de suas piores crises econômicas de todos os tempos não é novidade.
Que o Brasil enfrenta uma de suas piores crises econômicas de todos os tempos não é novidade.
Em 2015 e 2016, o Produto Interno Bruto (PIB) teve um crescimento negativo de 3,8% e 3,6%, respectivamente, e 1% positivo em 2017. O fato novo é constatar os estragos preocupantes que essa insistente crise tem provocado em alguns setores importantes da indústria. A construção civil, por exemplo, é uma das mais afetadas. Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (Cbic), o PIB da construção civil acumula queda desde 2014, quando foi observada a primeira redução, de 2,1%. Essa queda permaneceu acontecendo em 2015 (-9,0%), 2016 (-5,6%) e 2017 (-5,0%). Alguns dados de 2018 começam a ser divulgados e mostram a persistente lentidão na retomada do setor, com a queda de 0,6% no primeiro trimestre do ano. Já o PIB brasileiro dos primeiros três meses de 2018 apresentou um tímido crescimento, de apenas 0,4%. É claro que esses números ruins dos últimos anos acabaram refletindo no fechamento de construtoras em todo o País.
De acordo com a Cbic, em 2014 havia 237.919 empresas ligadas ao setor. No final de 2016, esse número caiu para 215.039. As notícias ruins não terminam aí. Logicamente, um dos setores que mais empregam também foi um dos que mais demitiu: no total, 1,6 milhão de trabalhadores foram demitidos entre 2014 e 2017, o equivalente a um terço da força de trabalho do setor - é como se todos os habitantes de Porto Alegre perdessem o emprego em quatro anos.
Para 2018, a expectativa de alguns economistas é de um crescimento entre 1,5% e 2% do PIB brasileiro e 2% para o PIB da construção civil que seguem sendo revistos a cada fato novo, como a paralisação dos caminhoneiros, e que levou a revisões negativas. Já para 2019, um crescimento mais significativo (2,5%) do PIB brasileiro é esperado por grande parte dos especialistas. Nesse cenário hostil, as lições de manter o foco na produtividade, na busca por conhecimento e na redução de custos continuam valendo para empresas e trabalhadores. Se o cenário não ajuda, é hora de focar na gestão do negócio.
Administrador de empresas
 
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