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Opinião

- Publicada em 21 de Junho de 2018 às 01:00

A revitalização da orla do Guaíba, do Cais ao Pontal

Finalmente, eis que o Pontal do Estaleiro terá seu projeto iniciado em cerca de seis meses, com previsão de entrega das obras em até 40 meses, no final de 2021. É que a prefeitura já aprovou a viabilidade urbanística e o licenciamento ambiental.
Finalmente, eis que o Pontal do Estaleiro terá seu projeto iniciado em cerca de seis meses, com previsão de entrega das obras em até 40 meses, no final de 2021. É que a prefeitura já aprovou a viabilidade urbanística e o licenciamento ambiental.
Porto Alegre precisava de uma boa notícia como essa, após tantas reclamações sobre a cidade - a maioria justas, mas dando um desconto pela absoluta falta de verbas da prefeitura.
Afinal, não é a toda hora nem ano que a Capital vislumbra um investimento de mais de R$ 300 milhões, gerando milhares de empregos.
Além do Pontal, está em andamento a obra de revitalização do Cais Mauá e em breve será inaugurada uma área da orla do Guaíba com novo paisagismo e equipamentos, no trecho da Usina do Gasômetro até a Rótula das Cuias.
A orla sempre foi uma área benquista pelos porto-alegrenses, mesmo com algumas áreas poluídas e impróprias para banho, a Zona Sul é local aprazível desde o século 19. Para lá se deslocavam famílias para passar a temporada de veraneio, quase que nos mesmos moldes do que verificamos hoje em dia em relação ao Litoral Norte.
Havia sítios, chácaras e mansões que abrigavam, por meses, aqueles que fugiam, já naquela época, do movimento da cidade e buscavam o chamado merecido repouso. Belém Novo, Tristeza, Ipanema, Assunção, Pedra Redonda e outros locais à beira do Guaíba eram os preferidos por milhares, há muitas décadas passadas.
Ainda hoje temos alguns prédios daqueles tempos, muitos transformados em pontos comerciais como restaurantes, lancherias e bares, bem apreciados especialmente nos fins de semana. É quando a orla fica tomada por milhares de pessoas que se exercitam, tomam chimarrão, juntam-se em grupos de amigos e familiares ou simplesmente ficam a admirar o Guaíba e a mansidão de suas águas.
Na Tristeza havia o atracadouro de chegada e a partida das barcaças que levavam e traziam pessoas e veículos, incluindo ônibus, na travessia do rio para a cidade de Guaíba, geralmente no rumo de Pelotas e outras cidades da Zona Sul do Estado.
Pois depois de muita controvérsia que incluiu um plebiscito, a maioria dos porto-alegrenses que comparecerem decidiram que não poderiam ser construídos edifícios residenciais na área do antigo Estaleiro Só.
Agora teremos um complexo comercial com 114 mil metros quadrados de área construída, incluindo shopping center com previsão de 163 lojas, além de restaurantes, praça de alimentação e cinema.
O projeto, quando pronto, dará uma maior valorização do bairro e, muito mais, o aproveitamento de uma área que restava abandonada há mais de uma década. E uma das compensações será um parque público, junto ao empreendimento, que terá uma torre comercial de 84 metros de altura.
O edifício, com mais de 20 andares, vai abrigar um hotel, com restaurante panorâmico com vista para o Guaíba, centro de eventos, escritórios, consultórios e clínicas médicas. Além de um hub da saúde, espaço no térreo, sob responsabilidade do Hospital Moinhos de Vento.
Convenhamos, é uma beleza para a cidade. O saudosismo da antiga zona de veraneio de Porto Alegre terá agora um novo local aprazível à beira do Guaíba, mais um, para usufruir integralmente.
E ninguém precisará voltar aos tempos dos sítios e casas de veraneios para ter uma bela paisagem para admirar, respirar ar puro e, espera-se, ter bastante tranquilidade.
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