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Opinião

- Publicada em 18 de Junho de 2018 às 01:00

Os fundamentos econômicos e o momento do Brasil

Apesar de uma sensação generalizada de pessimismo sobre a economia brasileira, muitos órgãos oficiais informam que, mesmo assim, os fundamentos do País, e que servem como sustentáculo aos problemas externos e mesmo internos, continuam bons. Tanto é assim que o próprio ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, ao se referir à volatilidade nos mercados, afirmou que a situação dos fundamentos, hoje, é bem diferente do que era em 2002, quando ele estava na Secretaria do Tesouro.
Apesar de uma sensação generalizada de pessimismo sobre a economia brasileira, muitos órgãos oficiais informam que, mesmo assim, os fundamentos do País, e que servem como sustentáculo aos problemas externos e mesmo internos, continuam bons. Tanto é assim que o próprio ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, ao se referir à volatilidade nos mercados, afirmou que a situação dos fundamentos, hoje, é bem diferente do que era em 2002, quando ele estava na Secretaria do Tesouro.
Claro, em teoria, é obrigação dele - pelo cargo e pela responsabilidade que tem - acalmar os agentes econômicos, os populares mercados, justamente após a greve dos caminhoneiros, que prejudicou demais o abastecimento interno, as exportações e importações, e a oscilação do dólar, com pressões internas decorrentes e, igualmente, externas, por conta da alta, ou não, dos juros nos Estados Unidos.
Sem querer ser ufanista em momento de tanta apreensão socioeconômica, mas o fato é que o Brasil tem amplas reservas cambiais e um déficit em conta-corrente pequeno e financiável, segundo técnicos do Ministério da Fazenda.
Realmente, temos um colchão de liquidez de R$ 575 bilhões, quando, na crise de 2002, era de apenas R$ 37 bilhões. É a prova de que hoje o Brasil tem um perfil completamente diferente e sem dívidas dolarizadas, o que é muito importante, justamente por conta da alta do dólar dos EUA.
Tanto é verdade que, com a atuação do Banco Central (BC) colocando dólares no mercado interno, a moeda estadunidense logo deu uma recuada sensível. É a prova de que o BC e o Ministério da Fazenda têm instrumentos para atuar nos juros.
Mas, quanto à valorização externa do dólar, é algo que, evidentemente, o governo não tem como fazer frente. Mesmo assim, após três meses de retração, a economia brasileira voltou a ter crescimento em abril, no início do segundo trimestre, de acordo com informações divulgadas pelo BC.
Pois, apesar de tantas reservas, o fato é que o dólar dos EUA passou dos R$ 3,80, deixando apreensivos os operadores do mercado de câmbio. Como o dólar está sem direção, no jargão que eles usam quando não sabem o que acontecerá com o câmbio na hora seguinte, o Brasil que se prepare. Nós e outros países, chamados, há anos, de emergentes, aqueles que têm melhorado economicamente ano após ano, ainda que muito lentamente.
Com o passar dos dias, quem julgava que a oscilação cambial seria um problema nitidamente interno por conta da greve dos caminhoneiros e da enxurrada das denúncias, investigações e prisões na seara da corrupção, eis que analistas alertam para a possibilidade de alta dos juros nos EUA. Lá onde o pragmático Donald Trump tem feito de tudo para impor novas regras comerciais no mundo, incluindo ameaças de retaliação contra produtos dos seus concorrentes.
A China é um dos alvos principais, pois tem um superávit gigantesco com os EUA. Porém, nem os vizinhos e aliados México e Canadá escaparam dos discursos agressivos de Trump em prol de melhores negócios entre eles. Claro, com vantagens para os Estados Unidos.
Enfim, o que nos interessa, a partir de agora e até as eleições de outubro, é manter o Brasil em um ritmo de calmaria socioeconômica. Mas sempre em busca de investimentos que gerem empregos e bons negócios. Investimentos, é disso que o Brasil precisa - e com urgência - para gerar mais e mais postos de trabalho, em todas as áreas. Só dessa maneira virá o progresso. Sempre foi assim. Não há outra fórmula.
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