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Opinião

- Publicada em 07 de Junho de 2018 às 23:45

Um Rio Grande para o seu povo

Vivemos tempos de total inversão, daqueles que nos deixam perplexos por termos de defender o que deveria ser feito naturalmente, dada a obviedade de sua justeza. Uma dessas questões diz respeito ao papel do Estado na vida das pessoas. Para que o setor público cumpra com sua missão precípua, é necessário um governo que priorize e valorize o Estado, e compreenda que sua gestão deve perseguir não o lucro, mas o desenvolvimento socioeconômico e humano, a igualdade e a justiça. Tudo isso parece óbvio. Mas, nos dias atuais, não é.
Vivemos tempos de total inversão, daqueles que nos deixam perplexos por termos de defender o que deveria ser feito naturalmente, dada a obviedade de sua justeza. Uma dessas questões diz respeito ao papel do Estado na vida das pessoas. Para que o setor público cumpra com sua missão precípua, é necessário um governo que priorize e valorize o Estado, e compreenda que sua gestão deve perseguir não o lucro, mas o desenvolvimento socioeconômico e humano, a igualdade e a justiça. Tudo isso parece óbvio. Mas, nos dias atuais, não é.
Pegando o exemplo do RS: o governo de José Ivo Sartori tem feito uma gestão desastrosa. Seus resultados atingem não apenas nosso presente, mas comprometem nosso futuro. Um dos pilares de sua política é a entrega do patrimônio do povo gaúcho à iniciativa privada. Usando como argumento a necessidade de fechar um acordo com o governo federal para equilibrar as contas e as supostas dificuldades de manter estatais e fundações, o governo estadual vem tentando eliminar ou entregar estruturas públicas numa política lesiva a todos nós. No dia 5 de junho, a Assembleia Legislativa deu uma contundente resposta à sanha privatista de Sartori, barrando o projeto que reduzia o prazo para a realização de plebiscitos sobre a venda de estatais. Travestida de consulta democrática, a proposta, se aprovada, levaria à realização de um plebiscito contaminado pelo debate eleitoral, induzindo a um resultado diverso dos reais interesses do Estado.
Privatizar inviabiliza o fortalecimento do Estado público e sua atuação. Para reequilibrar suas contas, o RS poderia, por exemplo, rever as concessões de incentivos fiscais, combater, de fato, a sonegação e lutar pela recuperação das perdas impostas pela Lei Kandir. As trajetórias do RS e do Brasil mostram que o desenvolvimento está ligado à capacidade de investimento público em áreas estratégicas, o que prescinde a existência de empresas públicas fortes e orientadas para a construção do bem-estar do povo.
Vice-presidenta do PCdoB-RS
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