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Internacional

- Publicada em 23 de Junho de 2018 às 16:33

Bloco europeu vai dividido para encontro sobre imigrantes

Países se recusam a receber navios com migrantes no Mediterrâneo

Países se recusam a receber navios com migrantes no Mediterrâneo


DESIREE MARTIN/AFP PHOTO/JC
Agência Estado
Com outro navio com migrantes preso no Mediterrâneo, e tanto a Itália quanto Malta novamente se recusando a deixá-lo atracar, os líderes da União Europeia tentarão encontrar um terreno comum para enfrentar uma crescente crise política que ameaça prejudicar toda a União Europeia.
Com outro navio com migrantes preso no Mediterrâneo, e tanto a Itália quanto Malta novamente se recusando a deixá-lo atracar, os líderes da União Europeia tentarão encontrar um terreno comum para enfrentar uma crescente crise política que ameaça prejudicar toda a União Europeia.
Os líderes de 16 países - mais da metade do bloco de 28 - participarão do que está sendo anunciado como "conversas informais" em Bruxelas neste domingo (24), antes de uma cúpula na próxima quinta e sexta-feira (29) na qual a migração é o principal tema.
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse que a reunião envolve "conversar com as nações particularmente afetadas sobre todos os problemas relacionados à migração". Ela disse que a esperança é ver se "podemos chegar a acordos bi, trinacionais ou até multinacionais para melhor resolver certos problemas".
A chegada de mais de um milhão de pessoas em 2015, a maioria fugindo das guerras na Síria e no Iraque, expôs as evidentes deficiências nas capacidades de acolhimento de migrantes da UE e nas leis de asilo. Partidos anti-migração conseguiram votos na Europa ao fomentar o medo contra os estrangeiros.
"Esses navios de resgate podem desistir de chegar à Itália", afirmou Matteo Salvini, novo ministro do Interior da Itália neste sábado, enquanto assegurava à base antimigração que vai "esmagar" o negócio de tráfico humano. No centro do problema estão divisões profundas sobre qual país deve assumir a responsabilidade pela chegada de migrantes, por quanto tempo eles devem ser acomodados e o que deve ser feito para ajudar os países da UE que mais recebem pessoas.
No sábado, a Espanha anunciou que resgatou 569 migrantes no mar, muitos de barcos no Estreito de Gibraltar, uma movimentada faixa de navegação com correntes traiçoeiras. Mas outro navio de resgate, o Lifeline da ONG alemã Mission Lifeline, ficou preso no Mediterrâneo ao largo de Malta, depois que Itália e Malta se recusaram a deixá-lo atracar com seus 234 migrantes. O Lifeline disse que um navio mercante, o Alexander Maersk, tinha outros 113 migrantes a bordo e também estava esperando um porto para recebê-los.
Salvini exigiu que Malta, o menor país da UE, permitisse ao navio atracar porque estava nas águas do país. As autoridades maltesas forneceram assistência humanitária aos passageiros do Lifeline neste sábado, mas o primeiro-ministro de Malta, Joseph Muscat, manteve-se firme e insistiu que Malta não tinha "responsabilidade" pelo resgate. O Lifeline "deve passar de sua posição em direção ao seu destino original para evitar a escalada" da situação, afirmou Muscat no Twitter.
Como tudo que tem a ver com migração na Europa recentemente, o encontro está se mostrando controverso. O que começou como conversas entre alguns líderes agora envolve pelo menos 16, porque outros exigiram participar. Quatro países do leste europeu - a República Checa, a Hungria, a Polônia e a Eslováquia - se recusaram a participar e rejeitam aceitar migrantes em geral. "Este é um convite aberto. Ninguém é excluído, todos são convidados. Ninguém é forçado a participar também", disse Alexander Winterstein, porta-voz da Comissão Europeia. 
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