Não foram poucas as críticas a Lionel Messi após a apagada atuação e o pênalti perdido contra a Islândia, na estreia argentina pelo Grupo D. Ciente da pressão sobre seu principal jogador, o treinador Jorge Sampaoli tratou de blindar o atleta na última coletiva antes da partida de hoje contra a Croácia, a partir das 15h, em Nijni Novgorod. Um tropeço contra os croatas, que lideram o grupo após vencerem a Nigéria na estreia, pode complicar a classificação dos sul-americanos para as oitavas de final.
"Somos uma equipe quando vamos bem e também quando vamos mal. Ele (Messi) sabe de sua responsabilidade, mas colocar tudo em suas costas seria um erro. Trabalhamos para nos fortalecermos coletivamente", disse Sampaoli, que confirmou também uma mudança tática para o jogo de hoje. Tentando corrigir a falta de aproximação com Messi, um dos principais problemas contra os islandeses, a tendência é de uma formação ofensiva, com três atacantes em um esquema 3-4-3.
Apesar dos múltiplos títulos com o Barcelona, da Espanha, o atacante ainda não ergueu nenhuma taça com a camiseta albiceleste, o que aumenta a carga das críticas. Em entrevista à imprensa argentina, a mãe do craque, Celia Cuccittini, disse que a situação causa angústia ao jogador. "O primeiro que quer trazer a Copa é ele. Sofremos com as críticas, quando dizem que ele joga (pela seleção) por obrigação. Isso não é verdade", lamentou.
Entre os croatas, a atenção com o ídolo argentino segue alta. Colega de Messi no Barça, o croata Iván Rakitic disse que a Argentina segue favorita, mesmo após o tropeço na estreia, e que seus colegas de time "não podem relaxar um minuto" na marcação. Ele também aproveitou para brincar com o amigo argentino. "Desejo o melhor para ele, como sempre, mas só depois de jogar com a gente", ironizou.