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Esportes

- Publicada em 20 de Junho de 2018 às 16:10

Fernando Carvalho e Romildo Bolzan discutem profissionalização da gestão no futebol

Bolzan (e) se disse contra remuneração de dirigentes, enquanto Caralho (d) defende a ideia

Bolzan (e) se disse contra remuneração de dirigentes, enquanto Caralho (d) defende a ideia


FREDY VIEIRA/JC
Paulo Egídio
Dois dos maiores vencedores à frente de Grêmio e Internacional, Romildo Bolzan Júnior e Fernando Carvalho discutiram nesta quarta-feira (20) os caminhos para a profissionalização da gestão no futebol. Os dirigentes apresentaram visões distintas sobre um dos principais pontos que permeiam o processo: a remuneração dos membros eleitos da administração. Enquanto o ex-presidente colorado avalia a medida como uma oportunidade para a dedicação exclusiva ao clube, o atual mandatário gremista defende a que um conteúdo “político e amador” deve seguir representado na condução das equipes.
Dois dos maiores vencedores à frente de Grêmio e Internacional, Romildo Bolzan Júnior e Fernando Carvalho discutiram nesta quarta-feira (20) os caminhos para a profissionalização da gestão no futebol. Os dirigentes apresentaram visões distintas sobre um dos principais pontos que permeiam o processo: a remuneração dos membros eleitos da administração. Enquanto o ex-presidente colorado avalia a medida como uma oportunidade para a dedicação exclusiva ao clube, o atual mandatário gremista defende a que um conteúdo “político e amador” deve seguir representado na condução das equipes.
Presidentes de Grêmio e Inter em momentos de conquista de títulos continentais, Bolzan e Carvalho participaram do painel Tá na Mesa, promovido pela Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul). Antes do evento, em entrevista coletiva, eles discutiram os avanços em processos administrativos que envolvem o esporte.
Para o ex-presidente do Inter, campeão da Taça Libertadores e do Mundial de Clubes em 2006, a adoção de práticas profissionais deve ser feita através de pessoas que já fazem parte do clube. “Algumas barreiras políticas internas não permitem que isso aconteça, mas o caminho para que a gestão seja melhorada é a remuneração dos dirigentes, para que eles tenham o tempo adequado para desempenhar a função”, indicou Carvalho.
O maior empecilho para a implementação dese sistema, em sua visão, seria a atual legislação, que isenta os times de futebol do pagamento de Imposto de Renda em sua folha salarial. “No momento em que se remunerar os dirigentes que atuam no executivo, isso passará a ter outra identificação fiscal, o que traz um acréscimo de despesa do clube”, explicou.
Em contraponto, Bolzan defendeu um sistema “misto”, já aplicado no Grêmio, em que boa parte dos ocupantes de cargos administrativos é profissionalizada, mas ainda fica subordinada às decisões do Conselho de Administração. O órgão é formado pelo presidente e vice-presidentes eleitos – estes sem qualquer salário.
“Aquilo que é essencial e garante a atividade fim deve ser profissionalizado. O Grêmio já fez, inclusive, contratações com base em currículos, de pessoas que não tinham militância ou atividade política do clube. Mas não defendo a profissionalizado do presidente. Esse conteúdo amador, de aficionados é extremamente importante”, declarou o mandatário tricolor, vencedor da Copa do Brasil de 2016 e da Libertadores de 2017.
No evento, Carvalho e Bolzan criticaram o sistema político do esporte no Brasil e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). “O jogo de poder na CBF é avassalador. Há uma política de compadrio, alinhamento e cooptação permanente dos espaços políticos”, declarou o presidente gremista. Para ele, a dificuldade de união entre os clubes dificulta o contraponto ao mecanismo imposto pela entidade.
Na mesma linha, Carvalho disse que interesses particulares dos clubes sempre se sobrepõem ao coletivo e que a CBF tem um “cartel de votos” entre as federações, sendo impossível construir uma candidatura de oposição. “Participamos de uma eleição meramente presencial. Não tem como colocar candidato (de oposição). E, se não apoiar, você fica como o ‘Joãozinho do Passo Certo’ e certamente alguma coisa vai acontecer contra ti”, advertiu.

Carvalho evita euforia e Bolzan admite venda de jogador

Ao falar sobre assuntos referentes ao futebol gremista, Romildo Bolzan admitiu que o tricolor prevê a venda de um ou mais jogadores até o final do ano. “O Grêmio tem previsões orçamentárias que decorrem de receitas da venda de jogadores e, com esses recursos, procura avançar na autossustentação. Vamos vender para ajustar o clube em caráter definitivo”, afirmou o presidente.
Fora do vestiário colorado desde 2016, Carvalho vê com bons olhos o desempenho da equipe, que ocupa o quarto lugar no Campeonato Brasileiro, mas refuta a condição de postulante ao título. “É muito cedo. Chegamos nesse momento (parada para a Copa do Mundo) em uma posição acima da expectativa inicial. O trabalho do treinador tem se mostrado muito bom e tenho esperança que vamos ter uma boa participação e voltar ao palco em que sempre tivemos”, analisou o ex-dirigente.
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