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Energia

- Publicada em 21 de Junho de 2018 às 22:43

Mobilidade elétrica é caminho sem volta no País

Squariz afirma que modelo industrial para a área precisa ser definido

Squariz afirma que modelo industrial para a área precisa ser definido


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Com a recente aprovação da regulamentação quanto à recarga de veículos elétricos elaborada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a perspectiva é que esse mercado tenha um crescimento expressivo nos próximos anos no Brasil. Apesar dos reflexos que essa situação acarretará no cenário nacional de energia, o projeto de P&D Emotive da CPFL Energia, que estudou por cinco anos essa questão, indica que o País está preparado para absorver o incremento da demanda que será gerado.
Com a recente aprovação da regulamentação quanto à recarga de veículos elétricos elaborada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a perspectiva é que esse mercado tenha um crescimento expressivo nos próximos anos no Brasil. Apesar dos reflexos que essa situação acarretará no cenário nacional de energia, o projeto de P&D Emotive da CPFL Energia, que estudou por cinco anos essa questão, indica que o País está preparado para absorver o incremento da demanda que será gerado.
De acordo com a pesquisa, considerando uma taxa de 5% de penetração de veículos elétricos na frota total, 80% das redes de distribuição não sofreriam danos ou problemas, ou seja, não precisariam de adequações ou investimentos adicionais. No lado da oferta de energia, as projeções da CPFL Energia sugerem que o uso desta tecnologia ampliaria entre 0,6% e 1,6% o consumo total de energia em 2030, considerando uma frota de carros elétricos variando entre 4 milhões e 10,1 milhões de unidades.
O gerente de relacionamento no mercado de varejo da CPFL Brasil, Paulo Henrique Squariz, salienta que o uso de veículos elétricos é um caminho sem volta. O que precisa ser definido no Brasil, segundo o executivo, é o modelo industrial que será aplicado nessa área. O dirigente acrescenta que é importante que as empresas do setor elétrico estejam acompanhando paralelamente o desenvolvimento desses carros. "Claramente, se trata de uma oportunidade", enfatiza.
Squariz participou, nessa quinta-feira, do evento Encontro CPFL, realizado na Fiergs, em Porto Alegre, que, entre outras intenções, tem como objetivo prospectar clientes para o mercado livre (formado por grandes consumidores de energia que podem escolher de quem vão comprar a eletricidade). Sobre o mercado livre, Squariz argumenta que, quando há aumentos expressivos das tarifas de energia das distribuidoras, crescem as migrações para esse ambiente, e essa é a tendência atual. Hoje, informa o gerente da CPFL Brasil, o mercado livre corresponde de 27% a 30% do consumo de eletricidade no País. Squariz lembra que as alterações legais que estão sendo discutidas para o segmento no momento preveem que os clientes em baixa tensão (residenciais) possam, a partir de 2028, ser inseridos no mercado livre. "Isso será algo extremamente positivo e desafiador, porque é um grupo de consumidores completamente diferente", comenta.
Durante o evento na Fiergs, a economista do grupo CPFL Renata Silva Zambeli também apresentou algumas projeções. Entre as previsões está a expectativa de um crescimento de 3,4% da economia mundial para este ano e de 3,3% para 2019. Já para o Brasil, as estimativas são de um desempenho de 2,1% para 2018 e de 2,7% para o ano seguinte. Renata frisa que está havendo uma recuperação da atividade econômica.
"O pior já passou, sem dúvida, saímos do fundo do poço", ressalta. A produção industrial deve crescer também, a uma taxa de 3,6%, mas esse setor não deixou de ser afetado pela greve dos caminhoneiros, acrescenta a economista.
Entre os pontos positivos no País citados pela analista estão um mercado doméstico mais dinâmico, inflação baixa e lenta retomada dos investimentos. Entre as preocupações está a taxa de desemprego, que deve fechar o ano em um patamar de 12,3%. Renata diz ainda que há perspectivas otimistas para o Rio Grande do Sul, que deve crescer mais do que a média nacional, sustentado pelo resultado do agronegócio e pela recuperação da indústria.

Chinesa oferece R$ 390 milhões a mais por CPFL Renováveis

A chinesa State Grid ofereceu pagar R$ 13,81 por ação da CPFL Renovável aos acionistas minoritários da empresa, que exigiam uma proposta de, no mínimo, R$ 16,69 por ação. Com isso, os chineses oferecem pagar
R$ 392 milhões aos acionistas, valor bastante inferior ao de R$ 1 bilhão exigido.

A disputa já se arrasta há um ano na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), com troca de farpas entre as empresas e questionamentos feitos pelos chineses em relação à atuação da área técnica da CVM. A briga começou quando a State Grid comprou a participação da Camargo Corrêa na CPFL Energia. O valor total pago pelo grupo foi de cerca de R$ 14,19 bilhões - R$ 25,51 por ação, com um prêmio de 29% em relação ao preço da ação no dia.
Ao mesmo tempo, a empresa chinesa ofereceu R$ 12,20 por ação da CPFL Renováveis, que é uma subsidiária da CPFL Energia, o que representaria um desconto de 6%. Os acionistas minoritários da CPFL Renováveis, então, passaram a questionar esse valor, afirmando que não houve tratamento igualitário entre o preço oferecido às ações da CPFL Energia e da subsidiária.