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Economia

- Publicada em 21 de Junho de 2018 às 10:51

Começa sessão do TST que julga maior ação trabalhista da história da Petrobras

Processo que pede recálculo de acordo coletivo pode custar R$ 15 bilhões à empresa

Processo que pede recálculo de acordo coletivo pode custar R$ 15 bilhões à empresa


MAURO PIMENTEL/AFP/JC
Agência Estado
Começou às 10h13 desta quinta-feira (21) a sessão do Plenário do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que julgará a maior ação trabalhista da história da Petrobras. Aberto pelos trabalhadores, o processo pede recálculo de um acordo coletivo de 2007 que concedeu adicionais ao salário, como trabalho noturno, por sobreaviso e confinamento.
Começou às 10h13 desta quinta-feira (21) a sessão do Plenário do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que julgará a maior ação trabalhista da história da Petrobras. Aberto pelos trabalhadores, o processo pede recálculo de um acordo coletivo de 2007 que concedeu adicionais ao salário, como trabalho noturno, por sobreaviso e confinamento.
Os extras têm sido pagos, mas milhares de empregados cobram outro cálculo que, grosso modo, dobra os adicionais. Se a estatal perder, terá de desembolsar mais de R$ 15 bilhões e a folha de pagamento ainda aumentará em até R$ 2 bilhões por ano. A estatal classifica como "possível" perder a ação.
A disputa entre Petrobras e os trabalhadores tem origem em um acordo coletivo firmado há mais de dez anos. Em 2007, a estatal e os empregados chegaram a um entendimento para reajuste salarial que previa, entre outros benefícios, a adoção de uma política para equalizar salários com uma remuneração mínima por cargo e região - é a chamada remuneração mínima por nível e regime (RMNR).
Com a nova regra, em alguns casos o salário mais que dobrou em relação à remuneração básica. Um exemplo são os petroleiros que atuam em plataformas no regime de 12 horas. O grupo passou a ganhar 30% mais por periculosidade, 26% extras por adicional noturno, 39% por hora de repouso, 30% por confinamento e 4% de um complemento negociado. Assim, o salário passou a ser 125% maior que o salário básico dos petroleiros.
No início da década, porém, alguns trabalhadores passaram a questionar a metodologia de cálculo dessa remuneração. Empresa e petroleiros citam que há cerca de 50 mil empregados, ativos e aposentados, que questionam o tema em ações individuais e coletivas.
O principal argumento usado nos processos é que a redação do acordo coletivo dá a entender que a conta para a nova remuneração pode ignorar extras e adicionais que já estavam no salário - o que aumenta expressivamente o montante a ser recebido pelos trabalhadores. No processo, é citado o exemplo de um petroleiro que atua confinado em plataforma, cujo salário aumentaria de R$ 21.750,09 para R$ 31.029,02 pela nova conta, conforme valores de 2014.
O tema já foi debatido por duas comissões no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Uma deu vitória para a Petrobras e outra para os trabalhadores. Sem consenso, o processo será julgado por todos os 26 ministros da Corte no plenário do TST.
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