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Economia

- Publicada em 15 de Junho de 2018 às 18:08

Dólar cai 2% e recua para R$ 3,73 com intervenção do Banco Central

Agência Estado
Em novo dia de injeção recorde de recursos no mercado pelo Banco Central, que despejou mais US$ 5,75 bilhões nesta sexta-feira (15) o dólar fechou em baixa de 2,04%, aos R$ 3,7316. A relativa estabilidade da moeda norte-americana ante outras divisas no mundo também ajudou a retirar pressão das cotações aqui.
Em novo dia de injeção recorde de recursos no mercado pelo Banco Central, que despejou mais US$ 5,75 bilhões nesta sexta-feira (15) o dólar fechou em baixa de 2,04%, aos R$ 3,7316. A relativa estabilidade da moeda norte-americana ante outras divisas no mundo também ajudou a retirar pressão das cotações aqui.
Entre os principais emergentes, o real foi a moeda que mais se valorizou nesta sexta ante o dólar. Mas apesar da trégua desta sexta-feira, a visão é de que a tendência de alta do dólar prossiga no mercado doméstico, por conta das incertezas eleitorais e do enfraquecimento da recuperação da economia, além da expectativa de que a moeda dos Estados Unidos vai seguir se fortalecendo ante outras divisas no exterior. Na semana, a divisa americana acumulou alta de 0,72% ante o real.
O dólar abriu em queda, refletindo o anúncio da quinta à noite do BC de que vai injetar mais US$ 10 bilhões no câmbio por meio de contratos de swap, além de manter a ação coordenada com o Tesouro. Mesmo assim, a moeda chegou a persistir no patamar de R$ 3,80 pela manhã, com alguns agentes defendendo que era necessário uma intervenção ainda mais pesada da autoridade monetária, por exemplo, por meio de alta de juros. Na próxima terça e quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para decidir se altera a Selic.
O economista-chefe para a América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, vê chance pequena, abaixo de 20%, de o BC subir os juros agora para estabilizar o câmbio. Para ele, a instituição vai seguir intervindo para conter a pressão na moeda principalmente por meio de contratos de swap e, eventualmente, por meio de leilões de linha. No swap, o BC vende a moeda americana no mercado futuro, enquanto na linha ele vende à vista com compromisso de recompra no futuro.
Nesta sexta, o BC fez três leilões extraordinários de swap e, com isso, completou o prometido na semana passada, a injeção de US$ 24,5 bilhões nestes contratos. Apesar da maciça ação da autoridade monetária, o dólar acumula alta de 12,5% no ano e tende a seguir pressionado aqui.
"O Brasil acaba sofrendo nesse contexto de eleições", afirma o analista da gestora Bulltick em Miami, Klaus Spielkamp. "Apesar de não termos um candidato de esquerda liderando as prévias, o fato de não ter um de centro-direita, ou centro-esquerda com chances incomoda a maioria dos analistas", ressalta ele.
Para Spielkamp, o estresse no câmbio só diminuirá quando o Brasil estiver mais perto das eleições e for possível ter mais certeza sobre as reais possibilidades de cada candidato.
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