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Economia

- Publicada em 11 de Junho de 2018 às 11:44

Macri prepara corte de até 25% dos cargos de 86 órgãos públicos na Argentina

Em fevereiro, presidente argentino já havia anunciado corte de empregados da estrutura da administração

Em fevereiro, presidente argentino já havia anunciado corte de empregados da estrutura da administração


GEOFFROY VAN DER HASSELT/AFP/JC
Mal colocou os pés na Argentina, após participar da reunião do G7, a convite do primeiro-ministro Justin Trudeau, no Canadá, o presidente Mauricio Macri prepara o anúncio de corte de até 25% dos cargos de 86 órgãos públicos, que deve acontecer nos próximos dias. A medida seria a primeira para cumprir com os requisitos impostos pelo FMI para que o país possa receber o apoio de "stand up" de US$ 50 bilhões, anunciado na semana passada.
Mal colocou os pés na Argentina, após participar da reunião do G7, a convite do primeiro-ministro Justin Trudeau, no Canadá, o presidente Mauricio Macri prepara o anúncio de corte de até 25% dos cargos de 86 órgãos públicos, que deve acontecer nos próximos dias. A medida seria a primeira para cumprir com os requisitos impostos pelo FMI para que o país possa receber o apoio de "stand up" de US$ 50 bilhões, anunciado na semana passada.
Macri, que viajou ao Canadá porque será o anfitrião do G20 em Buenos Aires, no final do ano, aproveitou para reunir-se com Christine Lagarde e outros líderes, a quem explicou o acordo com o FMI e as medidas que serão tomadas.
Em fevereiro, o presidente argentino já havia anunciado o corte de 25% dos empregados da estrutura da administração do Executivo e de todos os parentes diretos de ministros e cargos de confiança.
Agora, a faca deve passar pelo PAMI (o SUS local), a Anses (agência de previdência do Estado) e a AFIP (que corresponde à Receita Federal). Ainda não se conhece a totalidade das instituições que entrariam no corte, mas o jornal La Nación afirma que podem estar incluídos o Conicet (entidade de pesquisa acadêmica), a Enargas e a ENRE (entes reguladores da distribuição de gás e energia), o Instituto Nacional de Teatro e a Biblioteca Nacional, entre outros.
Ao retornar a Buenos Aires, Macri disse que o encontro com os líderes internacionais foi positivo e que há apoio ao pedido de ajuda ao FMI. "Acudimos ao Fundo para poder ter previsibilidade, este será um caminho longo, e hoje temos um Estado que gasta mais do que recebe", disse, nesta segunda-feira (11), pela manhã.
Os cortes fazem parte da necessidade de diminuir o déficit fiscal segundo o acordado com o FMI. Hoje, ele é de 2,7% do PIB, e a meta imposta pela instituição é que chegue 1,3% do PIB até o fim do ano.
Esta será uma semana definitiva para os rumos da economia argentina. Enquanto finaliza o programa de cortes a ser anunciado, o ministro do Trabalho, Jorge Triaca, e outros negociadores do governo tentam conter os sindicatos, principalmente o dos caminhoneiros, que decidem amanhã se haverá ou não uma greve geral, "nos moldes da que houve no Brasil", nas palavras do líder sindical Hugo Moyano, a partir de quinta-feira.
Os sindicalistas pedem que as negociações paritárias, que decidem o teto de quanto cada categoria pode ter de aumento por ano sejam reabertas. Afinal, neste ano, este foi estabelecido em 15%, que era a meta da inflação para este ano. Tanto economistas como o governo já consideram este número fictício. O governo ofereceu outros 5%, chegando a 20%. Ainda assim, os salários ficariam abaixo da inflação, que fechou 2017 com 27,3%. Na terça-feira (12), os sindicatos devem se reunir para decidir se param ou não.
Se a greve geral for confirmada, quem tem viagem programada para a Argentina nos próximos dias deve procurar sua aerolínea e confirmar que os voos estão confirmados, pois pode haver alterações.
Folhapress
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