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21/06/2018 - 22h23min. Alterada em 21/06 �s 23h00min

Eficiente t�cnica de som

Desde o in�cio de sua inser��o no universo musical, Alice Castiel procura manter uma postura condizente com a proposta do Projeto Concha, ou seja, abrir espa�os para que mulheres das mais diversas �reas trabalhem nos shows. No entanto, com o tempo, ela percebeu que isso nem sempre � poss�vel, j� que existem espa�os de dif�cil coloca��o para certas �reas, como a t�cnica de som.

A produtora entende que, de certa maneira, o ambiente desencoraja as mulheres. Ela mesma conta ter que respirar fundo em algumas ocasi�es, ao fazer or�amentos para a produ��o. "As gurias reclamam que, �s vezes, v�o fazer um show por a� e n�o podem opinar no pr�prio som porque o t�cnico n�o gosta", lamenta Alice.

A situa��o � bastante familiar para a guitarrista, compositora e estudante de m�sica popular da Ufrgs Isadora Martins. Parte do problema, segundo ela, deve-se � falta de modelos a seguir. "Quando uma mulher se interessa pela �rea t�cnica, percebe que quem opera � sempre um homem. Isso vai te deixando com uma pulga inconsciente atr�s da orelha", explica.

Isadora come�ou a trabalhar em 2016 na equipe t�cnica do V�nus em F�ria - festival beneficente que arrecada fundos para o Girls Rock Camp Porto Alegre (col�nia de f�rias com educa��o musical voltada para meninas de 7 a 17 anos, na qual aprendem a tocar instrumentos e formam uma banda com composi��o pr�pria). Hoje em dia, a t�cnica de som atua em eventos que ajuda a produzir, como o Festival Sonora e o Ciclo S�nicas - todos eles com o foco de ressaltar o protagonismo da mulher na m�sica.

O ambiente no qual Isadora opera costuma ser hostil. Ela reclama que "n�o acreditam que tu possas fazer um bom trabalho, nem os musicistas, nem o t�cnico da casa, ningu�m envolvido no evento". Basta a profissional esbo�ar d�vida ou cometer um erro para gerar desconfian�a. Enquanto os homens na mesma situa��o, lembra a guitarrista, escutam um "te ajudo, ningu�m nasce sabendo".

Por outro lado, quando trabalha com mulheres, h� motivos de sobra para Isadora se sentir grata, j� que, por enquanto, sua vida profissional est� ligada a essas articula��es. "Foi gra�as �s mulheres que me senti confiante para operar som. Acho que isso me ajudou a criar coragem. O incentivo delas me ajudou a continuar."

Alice comenta que n�o pretende assistir a uma plateia exclusivamente feminina ou apenas de mulheres no palco durante os shows do Projeto Concha. Enfatiza que � importante os homens ocuparem o lugar de coadjuvantes. "Quero que eles vejam o sucesso das mulheres, que as aplaudam."

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