Comentar

Seu coment�rio est� sujeito a modera��o. N�o ser�o aceitos coment�rios com ofensas pessoais, bem como usar o espa�o para divulgar produtos, sites e servi�os. Para sua seguran�a ser�o bloqueados coment�rios com n�meros de telefone e e-mail.

500 caracteres restantes
Corrigir

Se voc� encontrou algum erro nesta not�cia, por favor preencha o formul�rio abaixo e clique em enviar. Este formul�rio destina-se somente � comunica��o de erros.

Porto Alegre, quarta-feira, 23 de maio de 2018.

Jornal do Com�rcio

Pol�tica

COMENTAR | CORRIGIR

mensal�o tucano

Not�cia da edi��o impressa de 24/05/2018. Alterada em 23/05 �s 23h41min

Azeredo se entrega para cumprir pena de 20 anos

Eduardo Azeredo perdeu todos os recursos na corte

Eduardo Azeredo perdeu todos os recursos na corte


MAUR�CIO VIEIRA/JORNAL HOJE EM DIA/FOLHAPRESS/JC
O ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB) se entregou ontem � Pol�cia Civil para iniciar o cumprimento de pena de 20 anos e um m�s de pris�o por peculato (desvio de dinheiro p�blico) e lavagem de dinheiro. � o primeiro acusado no chamado mensal�o tucano a ser preso. A pris�o ocorre 20 anos ap�s os fatos que motivaram as acusa��es e 11 anos ap�s a den�ncia.
Azeredo, que teve o mandado de pris�o expedido pelo Tribunal de Justi�a na ter�a-feira, era considerado foragido, e policiais passaram o dia em busca do tucano nas ruas de Belo Horizonte.�Ele se entregou �s 14h45min, na 1� Delegacia Distrital de Belo Horizonte.
Azeredo perdeu todos os recursos na corte, inclusive os embargos de declara��o, julgados nesta ter�a - considerados o �ltimo recurso poss�vel antes da pris�o. O tucano sempre negou que tenha qualquer participa��o em irregularidades.
Segundo decis�o da Justi�a de Minas, Azeredo deve ficar em batalh�o militar sem uso de algemas ou de uniforme do sistema penitenci�rio.
A decis�o diz que a Secretaria de Seguran�a P�blica deve providenciar um batalh�o militar da capital para o cumprimento da pena, preferencialmente uma unidade dos Bombeiros, "dado o fluxo menor de pessoas, o que permitir� mais seguran�a ao sentenciado". O juiz diz ainda que Azeredo pode levar suas pr�prias roupas, "bem como vestu�rio para banho e cama m�nimos para sua dignidade".
O mensal�o tucano � considerado o embri�o do esquema de mesmo nome relacionado ao PT e, segundo o Minist�rio P�blico, aconteceu durante a fracassada campanha de reelei��o de Azeredo ao governo mineiro.
Em 2007, a Procuradoria-Geral da Rep�blica denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) 15 pessoas por um esquema de desvio de recursos estatais e empr�stimos fict�cios que abasteceu a campanha de Azeredo.
Al�m dele, se tornaram r�us o publicit�rio Marcos Val�rio, que foi condenado por operar o mensal�o petista, e seus s�cios, o ex-senador Cl�sio Andrade (MDB), entre outras pessoas.�Jos� Afonso Bicalho, ent�o presidente do Bemge (o extinto Banco Estatal de Minas) e atual secret�rio da Fazenda do governo de Minas Gerais, comandado por Fernando Pimentel (PT), tamb�m � r�u. Todos eles negam ter cometido crimes.
Nascido em setembro de 1948, em Belo Horizonte (MG), Azeredo foi vice-prefeito (1989-1990) e prefeito da capital mineira (1990-1992), e se elegeu ao governo do estado em 1995.�Na sua campanha � reelei��o, quando promotores e procuradores dizem que houve o esquema de desvios, Cl�sio foi o candidato a vice. A chapa perdeu para o candidato Itamar Franco (MDB). Em 2003, Azeredo tomou posse no Senado, onde ficou at� o fim do mandato. Foi presidente nacional do PSDB de janeiro a outubro de 2005, quando o esquema do mensal�o tucano foi desvelado, e ele deixou o cargo.
Em 2010, foi eleito deputado federal, cargo que renunciou em 2014, ao se tornar r�u no STF. Cl�sio Andrade, ent�o senador, tamb�m renunciou. Com a perda do foro especial, o processo voltou � primeira inst�ncia, na Justi�a de Minas.
A primeira condena��o de Azeredo veio em dezembro de 2015, pela ju�za da 9� Vara Criminal, Melissa Pinheiro Costa Lage, a 20 anos e 10 meses de pris�o. Recorreu da decis�o, em liberdade.
Azeredo afirmou que n�o era encarregado pelas despesas da campanha e que n�o pode ser respons�vel por a��es de terceiros.�

Ministro do STJ nega pedido de liminar contra encarceramento de Azeredo

O ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justi�a (STJ), negou, na tarde de ontem, o pedido de medida liminar apresentado pela defesa do ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB), que tentava evitar a sua pris�o. O ministro tamb�m pediu que a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) se manifeste sobre o caso. A assessoria do STJ informou n�o ter autoriza��o para disponibilizar a �ntegra da decis�o do ministro Jorge Mussi.
O ex-governador foi considerado foragido na manh� de quarta-feira. Os defensores do ex-governador e a Pol�cia Civil negociavam desde a noite da ter�a-feira as condi��es para ele se apresentar ap�s o Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJ-MG) negar o �ltimo recurso cab�vel na condena��o do tucano a 20 anos e um m�s de pris�o no mensal�o mineiro.

L�der do PSDB no Senado rejeita impacto da pris�o sobre Alckmin

O l�der do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC), disse "lamentar" a pris�o do ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB), que se entregou nesta quarta-feira � Pol�cia Civil, ap�s condena��o em segunda inst�ncia, a 20 anos de pris�o, por envolvimento no caso do mensal�o tucano.
Ao ponderar o impacto da pris�o de Azeredo, que governou o segundo maior col�gio eleitoral do Pa�s pelo PSDB, l�deres tucanos t�m argumentando que ele n�o tinha mais atividade partid�ria e procuraram voltar as cr�ticas na dire��o do PT.
"O PSDB tem uma postura diferente do PT. N�s respeitamos a lei e as institui��es, a gente n�o fica fazendo acampamento na frente da pris�o xingando a Justi�a", disse Paulo Bauer, comparando a situa��o com a do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), preso desde o dia 7 de abril em Curitiba.
O senador tucano afirmou que acredita na honestidade "pessoal" de Azeredo. "Eu, pessoalmente, lamento, porque conhe�o o Eduardo Azeredo e sei que ele n�o deve ter se apropriado pessoalmente de nenhum centavo que n�o seja l�cito. Com rela��o � campanha eleitoral, se a Justi�a entendeu que houve pr�tica de ilegalidade, obviamente tem que tomar decis�es", ponderou Bauer.
Em sabatina realizada por Folha de S.Paulo, UOL e SBT nesta quarta-feira, o presidente nacional do partido e pr�-candidato � presid�ncia da Rep�blica, Geraldo Alckmin, procurou diferenciar o PSDB do PT com o mesmo argumento. "N�o vamos acampar na porta de penitenci�ria", afirmou.
Para Paulo Bauer, a situa��o de Azeredo n�o prejudica a pr�-campanha de Alckmin. "N�o consideramos que esse fato vai prejudicar uma campanha ou comprometer a imagem, at� porque n�s defendemos o cumprimento da lei e n�o questionamos nem afrontamos a Justi�a."
Com o argumento de que Azeredo estava afastado da vida partid�ria, o partido nega discutir internamente a situa��o e tratar o assunto na comiss�o de �tica da legenda.
COMENTAR | CORRIGIR
Coment�rios
Seja o primeiro a comentar esta not�cia