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Aloysio chama de 'arrogante' manifesto de ex-líderes europeus a favor de Lula
Chanceler reiterou que cidadãos condenados em órgãos colegiados ficam impedidos de disputar eleições
EVARISTO SA/AFP/JC
Agência Estado
Em nota divulgada pelo Itamaraty, o chanceler Aloysio Nunes Ferreira reagiu duramente a um manifesto divulgado por ex-chefes de Estado europeus pedindo a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado e preso na Operação Lava Jato, nas eleições presidenciais deste ano. O ministro classificou o gesto como "preconceituoso, arrogante e anacrônico" e disse ter recebido a iniciativa com "incredulidade".
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Em nota divulgada pelo Itamaraty, o chanceler Aloysio Nunes Ferreira reagiu duramente a um manifesto divulgado por ex-chefes de Estado europeus pedindo a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado e preso na Operação Lava Jato, nas eleições presidenciais deste ano. O ministro classificou o gesto como "preconceituoso, arrogante e anacrônico" e disse ter recebido a iniciativa com "incredulidade".
Na nota, o chanceler afirma que cidadãos brasileiros condenados em órgãos colegiados ficam impedidos de disputar eleições. "Ao sugerir que seja feita exceção ao ex-presidente Lula, esses senhores pregam a violação do estado de direito", afirma.
O manifesto é assinado pelos ex-premiês José Luis Rodríguez Zapatero (Espanha); Massimo DAlema, Romano Prodi e Enrico Letta (Itália); Elio di Rupopelo (Bélgica); e pelo ex-presidente francês François Hollande.
Os políticos europeus afirmam que "a luta legítima e necessária contra a corrupção não pode justificar uma operação que questiona os princípios da democracia e o direito dos povos a escolher seus governantes" e se dizem comovidos com a prisão "precipitada" de Lula. Eles também mostram preocupação com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.