O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), disse ontem que o governo não tem visto "muita vontade" dos pré-candidatos à presidência da República em discutir o tema da reforma da Previdência. A crítica foi feita porque, segundo Padilha, o Palácio do Planalto considera tentar aprovar as alterações nas regras da aposentadoria ainda em 2018, após o período eleitoral.
"Devo lastimar que não conseguimos levar a cabo a reforma da Previdência, por enquanto pelo menos. Temos até 31 de dezembro, e essa possibilidade não está extinta. Nós estamos ouvindo os candidatos, e não temos visto muita vontade de discussão com o tema previdenciário. Por vezes, a posição do candidato não é a posição do eleito. Então nós vamos ver com quem se eleger se não há interesse que a gente resolva isso ainda em 2018", afirmou.
Além disso, o ministro respondeu positivamente sobre a possibilidade de o governo suspender a intervenção federal no Rio de Janeiro para que a proposta seja apreciada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Isso porque, durante a vigência da intervenção, o Legislativo fica impossibilitado de modificar a Constituição.
"A marca do governo foi o compromisso com reformas estruturais, que estavam sendo exigidas há muito tempo, e faltou disponibilidade dos governantes anteriores para fazê-las. Conseguimos fixar o teto de gastos públicos, a modernização da legislação trabalhista, a reforma do Ensino Médio. O governo levou o País de volta aos trilhos. Temos inflação e juros sob controle, e a bolsa de valores praticamente duplicou seu valor nesses dois anos. O que nos dá a impressão de que estamos no caminho certo", disse.