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Internacional

- Publicada em 16 de Maio de 2018 às 09:36

União Europeia ameaça responder a sanções dos EUA de forma proporcional

Agência Brasil
Os líderes dos 28 países da União Europeia (UE) se reunirão em um jantar informal nesta quarta-feira (16) à noite em Sófia, capital da Bulgária. A reunião seria sobre inovação e economia digital, no entanto, a saída dos Estados Unidos (EUA) do acordo nuclear e a possibilidade de sanções a empresas europeias são preocupações mais urgentes para os europeus.
Os líderes dos 28 países da União Europeia (UE) se reunirão em um jantar informal nesta quarta-feira (16) à noite em Sófia, capital da Bulgária. A reunião seria sobre inovação e economia digital, no entanto, a saída dos Estados Unidos (EUA) do acordo nuclear e a possibilidade de sanções a empresas europeias são preocupações mais urgentes para os europeus.
Em carta enviada aos líderes, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, afirmou que apoia "as medidas tomadas pela Comissão Europeia para garantir que os interesses da UE sejam totalmente protegidos. Isso inclui a possibilidade de responder às medidas dos EUA conforme apropriado e de maneira proporcional, em conformidade com as regras da Organização Mundial do Comércio".
Com a saída unilateral dos Estados Unidos do acordo nuclear, os líderes europeus têm motivo para se preocupar. Além das ameaças por parte dos EUA de estabelecer sanções a empresas europeias que mantenham negócios no Irã e do receio de que o país desenvolva armamento nuclear, há ainda a preocupação com a escalada da violência no Oriente Médio, território vizinho da Europa. A preocupação aumentou após os últimos acontecimentos violentos em Gaza.
No comunicado, Tusk reforçou o entendimento de que enquanto o Irã respeitar o acordo, a UE defenderá a sua manutenção. Ele afirmou que pedirá aos líderes dos países signatários do acordo - Alemanha, Reino Unido e França - que avaliem a situação após a saída dos EUA.
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, também foi convidado a se manifestar. Ele deve mostrar como os interesses das empresas europeias envolvidas na cooperação econômica com o Irã podem ser melhor preservados.
Segundo Tusk, em relação às medidas comerciais dos EUA, Juncker dará um panorama. "Como sabemos, as tarifas dos EUA sobre aço e alumínio não podem ser justificadas com base na segurança nacional. Foi por essa razão que decidimos, em março, pedir a isenção permanente dessas tarifas na UE e apoiamos firmemente as medidas tomadas pela Comissão Europeia para garantir que os interesses da União Europeia sejam totalmente protegidos. Isso inclui a possibilidade de responder às medidas dos EUA conforme apropriado e de maneira proporcional, em conformidade com as regras da Organização Mundial do Comércio. Recordando o compromisso europeu de fortes relações transatlânticas como pedra angular da segurança e da prosperidade tanto dos Estados Unidos quanto da União Europeia, sublinhamos também o nosso apoio ao diálogo sobre questões comerciais de interesse comum", acrescentou Tusk na carta encaminhada aos líderes dos 28 países da UE.
Compõem a União Europeia a Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, o Chipre, a Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, os Países Baixos, a Polônia, Portugal, o Reino Unido, a República Tcheca, Romênia e Suécia.
Os recentes acontecimentos violentos na Faixa de Gaza também serão tema do encontro. Os protestos que desencadearam a onda de violência foram causados pela instalação da Embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém na última segunda-feira (14). Nesta quinta-feira (17), haverá uma cúpula com representantes dos Balcãs Ocidentais (Albânia, Bósnia, Sérvia, Montenegro, Kosovo e Macedônia) para tratar do futuro da região e da relação com a União Europeia.
Tusk afirmou que está convencido de que a UE é o "único parceiro que se preocupa genuinamente com a estabilidade de toda a região e com um futuro próspero para os seus povos - em vez de tratá-la como um jogo geopolítico de xadrez". Ele disse ainda que os líderes europeus devem demonstrar preocupação com o desenvolvimento econômico dos Balcãs Ocidentais. "Investir em infraestrutura e conexões humanas com e na região é do interesse da UE".
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