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Porto Alegre, ter�a-feira, 08 de maio de 2018.

Jornal do Com�rcio

Internacional

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Rela��es Internacionais

Not�cia da edi��o impressa de 09/05/2018. Alterada em 08/05 �s 20h31min

Trump retira EUA de acordo nuclear com o Ir�

 Presidente assinou documento restabelecendo san��es ao pa�s �rabe

Presidente assinou documento restabelecendo san��es ao pa�s �rabe


/SAUL LOEB/AFP/JC
O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou ontem que vai retirar os Estados Unidos do acordo nuclear com o Irã, assinado em 2015, durante o governo de Barack Obama. "Se eu permitir que esse acordo continue, logo haverá uma corrida de armas nucleares no Oriente Médio", afirmou o republicano.
Trump falou ontem com o presidente da França, Emmanuel Macron, e com o líder chinês, Xi Jinping, sobre sua decisão. O gabinete de Macron afirmou que os dois conversaram sobre "paz e estabilidade no Oriente Médio", mas não forneceu detalhes. O presidente francês é forte apoiador da manutenção do tratado e tentou persuadir Trump a manter a negociação durante visita a Washington em abril.
Em sua essência, o acordo de 2015 impõe restrições ao programa nuclear do Irã, tornando impossível para o país produzir uma bomba. Em troca, a maioria das sanções contra a economia do país foi retirada. Segundo os termos do documento, o Irã só pode manter um estoque de 300 quilos de urânio pouco enriquecido, em comparação às 100 toneladas que já armazenou. O país pode enriquecer urânio a apenas 3,67%, que pode ser utilizado para abastecer, por exemplo, um reator, porcentagem que está longe dos 90% necessários para produzir uma arma atômica. O acordo limitou o número de centrífugas e as reduziu a modelos mais lentos e antigos. O país concedeu mais acesso aos inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) e permitiu aos observadores inspecionarem outros locais.
Em troca, potências mundiais retiraram as sanções econômicas paralisantes que haviam bloqueado o Irã das negociações bancárias e de petróleo internacionalmente. Além disso, deram ao país permissão para comprar aeronaves comerciais e realizar negócios em outras áreas. O acordo também descongelou bilhões de dólares que Teerã tinha no exterior.
O pacto, no entanto, não impede diretamente o país de testar ou disparar mísseis balísticos e possui uma série de datas de vencimento contínuas. Em oito anos, por exemplo, o Irã pode começar a testar até 30 novas centrífugas, número que pode se expandir muito dois anos depois. Já quando o acordo completar 15 anos, as restrições ao enriquecimento de urânio e ao tamanho do arsenal do país terminam.
 

De conquista diplom�tica a pior neg�cio de todos os tempos

O acordo nuclear marcou a maior realiza��o estrangeira do ex-presidente Barack Obama. Trump, no entanto, chamou o pacto de "desastre" e de "o pior neg�cio de todos os tempos".
O atual presidente dos EUA critica o acordo por n�o incluir o programa de m�sseis bal�sticos do Ir� ou o apoio governamental iraniano a grupos como o Hezbollah e a ajuda enviada por eles ao presidente s�rio, Bashar al-Assad. Trump tamb�m critica o fato de os termos do acordo terem data para expirar.
O projeto nuclear do Ir� come�ou com a ajuda dos Estados Unidos. Sob o programa "�tomos para a Paz", os norte-americanos forneceram um reator de testes que entrou em opera��o em Teer�, em 1967, sob o governo do x� Mohammad Reza Pahlavi.
O aux�lio terminou quando a Revolu��o Isl�mica no Ir� derrubou o x�, em 1979. Na d�cada de 1990, o pa�s expandiu seu programa nuclear, comprando equipamentos de Abdul Qadir Khan, considerado o pai do programa nuclear do Paquist�o. No in�cio dos anos 2000, Gr�-Bretanha, Fran�a e Alemanha iniciaram negocia��es com o Ir�. Em outubro de 2003, o pa�s suspendeu o enriquecimento de Ur�nio, mas retomou em 2006.
Como resposta, as pot�ncias mundiais impuseram san��es. J� Washington, sob o governo Obama, come�ou negocia��es com o Ir� depois que o presidente Rouhani, relativamente moderado, assumiu o poder. Os dois lados, por fim, alcan�aram o Plano de A��o Integral Conjunto em 2015.
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