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- Publicada em 09 de Maio de 2018 às 22:27

Intervenção federal pode ser saída para o Beneficência

Prefeitura rompeu contrato com hospital em novembro de 2017

Prefeitura rompeu contrato com hospital em novembro de 2017


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Suzy Scarton
Representantes do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) se reúnem hoje com membros da bancada parlamentar gaúcha a fim de discutir o interesse do grupo em alugar o prédio do Hospital Beneficência Portuguesa, na Capital, praticamente fechado há alguns meses. A possibilidade foi aventada porque o GHC planeja fazer uma reforma no Hospital Conceição, também em Porto Alegre e, para isso, precisaria transferir os serviços para uma área alugada por cerca de um ano. Outra alternativa seria a intervenção federal, uma vez que a União é a maior credora.
Representantes do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) se reúnem hoje com membros da bancada parlamentar gaúcha a fim de discutir o interesse do grupo em alugar o prédio do Hospital Beneficência Portuguesa, na Capital, praticamente fechado há alguns meses. A possibilidade foi aventada porque o GHC planeja fazer uma reforma no Hospital Conceição, também em Porto Alegre e, para isso, precisaria transferir os serviços para uma área alugada por cerca de um ano. Outra alternativa seria a intervenção federal, uma vez que a União é a maior credora.
A reunião de hoje, sugerida pelo deputado federal Jerônimo Goergen (PP), busca averiguar se há real interesse do grupo em alugar o prédio. A afirmativa é importante porque uma verba de cerca de R$ 26 milhões seria destinada pelo Ministério da Saúde ao GHC para que essa reforma possa ser realizada. No entanto, os recursos foram contingenciados e, sem eles, não há outra maneira de custear os trabalhos. "Se eles confirmarem que alugariam o Beneficência, poderemos levar isso ao ministro (da Saúde, Gilberto Occi) na semana que vem. Já resolveríamos dois problemas em uma tacada só", afirma o deputado.
Para Goergen, essa é a melhor saída para manter em utilização os leitos e a estrutura do Beneficência. Em novembro do ano passado, a prefeitura de Porto Alegre rescindiu o contrato com o hospital pela "inexecução plena dos serviços e descumprimento das condições de habilitação do contratado, bem como dos prejuízos oriundos da descontinuidade da prestação dos serviços de saúde e riscos financeiros ao erário". Desde então, medidas vêm sendo tomadas para que a estrutura seja salva.
Atualmente, o Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, seguindo orientações do Ministério da Saúde, presta consultoria para avaliar qual seria a melhor maneira de gerir o hospital. O relatório deve ser entregue no próximo dia 15. Além disso, o Banrisul está realizando uma auditoria para avaliar a extensão da dívida do hospital, que passaria dos R$ 180 milhões.
Caso o GHC não demonstre real interesse em alugar o prédio, Goergen afirma que a bancada apelará pelo pedido de intervenção federal. "No caso, a União é a maior credora. Então, a União assumiria. Não vejo outra saída, visto que não há esforço - não percebo - por parte do Estado e do município", relata o deputado. Há alguns meses, o Estado cogitou assumir 30 leitos de saúde mental, mas a proposta não andou.
O presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Paulo de Argollo Mendes, que também participa das tratativas, considera "urgente" que se ocupe o hospital. "Nos dá pelo menos um ano de respiro para colocar tudo em ordem, para fechar convênios", comenta. De acordo com o médico, há pelo menos quatro hospitais da Capital, um plano de saúde, e dois grupos, um multinacional e outro nacional, interessados em gerir o Beneficência. Os nomes, no entanto, ainda não podem ser revelados.
 
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