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- Publicada em 02 de Maio de 2018 às 22:12

Bombeiros confirmam quatro desaparecidos

Equipe de 90 pessoas que atua na área trabalha com a possibilidade de encontrar sobreviventes

Equipe de 90 pessoas que atua na área trabalha com a possibilidade de encontrar sobreviventes


/NELSON ALMEIDA /AFP/JC
O capitão do Corpo de Bombeiros de São Paulo Marcos Palumbo confirmou ontem que há pelo menos quatro vítimas do incêndio e posterior desabamento do Edifício Wilton Alves de Almeida, no Largo do Paissandu, região central da cidade de São Paulo. Um deles é Ricardo Amorim, de 30 anos, conhecido como Tatuagem pelo moradores que ocupavam o prédio, alvo de grupos que pedem moradia digna pelo menos desde os anos 2000. Ele estava sendo resgatado no momento em que o edifício veio abaixo. Além de Amorim, são considerados desaparecidos Selma Almeida da Silva, de 48 anos, e seus dois filhos gêmeos, Welder e Wender, de 9 anos, que estariam no 8º andar do prédio de 24 andares.
O capitão do Corpo de Bombeiros de São Paulo Marcos Palumbo confirmou ontem que há pelo menos quatro vítimas do incêndio e posterior desabamento do Edifício Wilton Alves de Almeida, no Largo do Paissandu, região central da cidade de São Paulo. Um deles é Ricardo Amorim, de 30 anos, conhecido como Tatuagem pelo moradores que ocupavam o prédio, alvo de grupos que pedem moradia digna pelo menos desde os anos 2000. Ele estava sendo resgatado no momento em que o edifício veio abaixo. Além de Amorim, são considerados desaparecidos Selma Almeida da Silva, de 48 anos, e seus dois filhos gêmeos, Welder e Wender, de 9 anos, que estariam no 8º andar do prédio de 24 andares.
Ontem, os bombeiros delimitaram a área prioritária para a busca de vítimas, que deve ser intensificada a partir de hoje. Chamado de quadrante um, o ponto foi determinado a partir de imagens que mostram a queda de Amorim. A partir dele, o raio de busca deve ser ampliado até cobrir toda a área atingida pelo desabamento.
Segundo os bombeiros, o uso de maquinário pesado para as buscas só pode ocorrer a partir de 48 horas da ocorrência, quando a maior parte do trabalho de rescaldo estará concluída. Embora retroescavadeiras já estejam sendo utilizadas desde a manhã de ontem, elas atuaram apenas nas beiradas dos escombros, em áreas já vistoriadas pelos bombeiros e fora do quadrante um. Está em uso também um drone para identificar possíveis danos estruturais nos escombros e em prédios do entorno, e cães farejadores serão empregados assim que o calor emanado da área atingida diminuir.
Segundo o capitão Leandro Dahora, que atua nos esforços de busca, é difícil precisar quantas pessoas estavam efetivamente no edifício no momento do incêndio. A equipe, hoje em torno de 90 pessoas, trabalha com a possibilidade de encontrar sobreviventes até uma semana depois da tragédia, mas admite que as chances diminuem a cada dia que passa.
Um inquérito policial, aberto no 2º Distrito Policial, em Bom Retiro, vai ouvir as pessoas que estavam no prédio. No momento, a principal linha de investigação envolve um possível acidente doméstico. Segundo o secretário estadual da Segurança Pública, Mágino Alves, o incêndio, ocorrido na madrugada de terça-feira, pode ter começado a partir da explosão de um botijão de gás ou de uma panela de pressão. 
De propriedade da União, o edifício já foi sede da Polícia Federal, estava cedido à prefeitura de São Paulo e, desde os anos 2000, vinha sendo alvo de seguidas ocupações. Atualmente, em torno de 150 famílias residiam no local, sob coordenação do grupo Luta por Moradia Digna, uma dissidência do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). O mais recente cadastro da prefeitura, de março do ano passado, dava conta de algo em torno de 400 ocupantes, cerca de 25% deles estrangeiros. Um inquérito que apurava eventuais riscos de segurança na estrutura terminou arquivado em março deste ano, sem que fossem determinadas melhorias. A Promotoria de Habitação e Urbanismo do Ministério Público de São Paulo decidiu, após a tragédia, reabrir a investigação.
De acordo com a prefeitura, 49 pessoas cadastradas em março do ano passado como ocupantes do prédio estão sem paradeiro definido após o incêndio. Porém a rotatividade de moradores era alta no local, sendo difícil precisar quantas dessas pessoas já tinham se deslocado para outras residências - ou, por outro lado, quantos novos moradores ingressaram no prédio desde então.
 
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