Presidente mais bem-sucedido da história do Grêmio, Fábio André Koff faleceu na manhã desta quinta-feira, aos 86 anos. De acordo com a equipe médica do Hospital Moinhos de Vento, ele não resistiu a um quadro de infecção generalizada.
Nascido em 13 de maio de 1931, em Bento Gonçalves, o cartola deixou sua marca por onde passou. Foi advogado, juiz de Direito e desembargador. No futebol, transitou por todas as áreas: foi jogador, técnico e dirigente. Presidiu o Grêmio por três vezes, em 1982-1983, 1993-1997 e 2013-2014, conduzindo o clube a algumas de suas maiores conquistas. Além disso, comandou o Clube dos 13.
Sua primeira gestão no Grêmio começou em 1982. Nesse primeiro ano, foi duramente criticado após perder o título brasileiro para o Flamengo. O vice-campeonato, porém, colocou o time na Libertadores de 1983, aquele que ficou conhecido como "o ano azul", o mais glorioso da história do clube. Com a conquista da América e do mundo, o dirigente caiu de vez nas graças da torcida.
Depois dos títulos, Koff passou um longo tempo afastado da diretoria. Após superar um câncer, voltou ao posto mais alto do clube entre 1993 e 1996. Neste período, além de erguer mais uma Libertadores, em 1995, conquistou a Copa do Brasil, um ano antes, e o Brasileirão e a Recopa, em 1996.
"O poderoso Chefão", como era chamado por amigos e dirigentes, foi conselheiro consultivo e o principal responsável pela renegociação do contrato com a OAS, atual gestora da Arena. Em sua última passagem pela presidência, Koff não levantou troféus, mas renegociou um contrato oneroso às finanças atuais e futuras do clube.
Koff deixa dois filhos e a esposa. O velório foi realizado na Arena. A cerimônia de cremação ocorrerá nesta sexta-feira.