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Dia da Indústria

- Publicada em 25 de Maio de 2018 às 12:52

Produção segue em ritmo lento no Rio Grande do Sul


CLAITON DORNELLES /JC
O desempenho da indústria de transformação gaúcha segue o ritmo de estagnação percebido em todo País. A vantagem do Rio Grande do Sul em relação a outros estados é que conta com parque diversificado, só perdendo para São Paulo em amplitude. Isso faz com que as demandas de setores que estejam bem, como o automotivo, reflitam em outras áreas e movimentem a cadeia local.
O desempenho da indústria de transformação gaúcha segue o ritmo de estagnação percebido em todo País. A vantagem do Rio Grande do Sul em relação a outros estados é que conta com parque diversificado, só perdendo para São Paulo em amplitude. Isso faz com que as demandas de setores que estejam bem, como o automotivo, reflitam em outras áreas e movimentem a cadeia local.
Os últimos dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a produção nacional recuou 0,1% em março em relação a fevereiro. O Rio Grande do Sul registrou taxa negativa de 0,9%. Se comparados os primeiros trimestres de 2018 com 2017, a produção gaúcha cresceu apenas 0,3%. Índices positivos somente na produção de celulose (36,1%) e veículos (10,7%).
Após anos negativos de desempenho negativo - 2014 a 2016 -, em 2017 o Estado cresceu apenas 0,1%. O economista André Luis Contri, do Departamento de Economia e Estatística, diz que o nível de produção industrial do Estado em 2017 foi inferior a 1997. “Em termos de volume, o parque industrial gaúcho está 20 anos estagnado. O Brasil, como um todo, está no mesmo patamar de 2004”, afirma.
Entre os destaques positivos do último ano está o fumo, com alta de 38,1%, embora sua participação do Valor de Transformação Industrial (VTI) seja de 4,6%. Já o setor de alimentos, que tem uma representatividade em torno de 20% de VTI caiu -3,5%. “Os produtos alimentares foram na contramão do restante do Brasil, que cresceu 11% em 2017. Esse segmento da indústria gaúcha vem passando por uma crise desde 2008. No ano passado, seus resultados ficaram abaixo de 2004”, comenta Contri.
O economista também cita a situação dos coureiros-calçadistas que tiveram queda de -2,7% no ano passado. A concorrência com o calçado chinês e a desvalorização do câmbio têm resultado em uma queda constante de produção desde a década de 90. “A indústria calçadista tem grande representatividade no Estado, responsável por 6,7% de VTI”, observa.
Outro setor bastante representativo na indústria gaúcha, o metalmecânico e eletroeletrônico, trabalha com a expectativa de crescimento só em 2020. O segmento corresponde a 30,7% do total da indústria de transformação do Estado, no número de empresas, com cerca de 190 mil empregos diretos. Para o presidente do Sindicato das Indústrias Metalmecânicas e Eletroeletrônicas de Canoas e Nova Santa Rita (Simecan), Roberto Machemer, o momento segue de instabilidade, alternando sinais de recuperação com projeções negativas.
Segundo ele, o setor ainda está carente de linhas de financiamento apropriadas e ainda sofre com uma elevada carga tributária e insegurança jurídica. Diante do cenário atual, o maior desafio das indústrias é manter a competitividade e encerrar cada balanço de forma positiva. “A indústria sempre foi o setor econômico que melhor remunera o seu trabalhador. Porém, para manter o nível de empregabilidade, precisamos de maior segurança política e econômica, algo que o País, historicamente, não costuma oferecer. É preciso deixar de ser exportador de commodities e agregar valor em nossas exportações”, afirma.
Machemer também observa que o clima pré-eleições também trava eventuais processos de recuperação da economia, pois grande parte dos empresários prefere colocar o pé no freio com relação a investimentos mais significativos, já que não sabe qual a política econômica que será adotada pelo vencedor de outubro. “Devemos cobrar dos candidatos que cumpram o que prometem e, em cima destas promessas, fazer valer o nosso voto, apoiando quem nos traz condições de equiparação com o mundo lá fora”, completa.
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