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Pl�stico

Not�cia da edi��o impressa de 25/05/2018. Alterada em 24/05 �s 20h02min

Ind�strias de pl�sticos preveem crescimento discreto

FITESA/DIVULGA��O/JC
A partir dos resultados favoráveis verificados em nível nacional no ano de 2017, a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) espera crescimento de 3% na produção física, 2% em empregos e 4,5% no consumo aparente. Fatores como a estabilidade da inflação e a baixa dos juros também contribuem para essa expectativa, de acordo com a entidade.
Em nível regional, o setor também trabalha com uma perspectiva moderadamente otimista. O presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do Rio Grande do Sul (Sinplast), Edilson Deitos, lembra que o desempenho das empresas gaúchas foi satisfatório no ano passado, exceto no último trimestre, devido à alta dos custos. "Mesmo assim, o volume transformado cresceu 3%. E o nosso setor gerou 2,8% de empregos a mais em 2017, com relação a 2016", ressalta o dirigente. Deitos acredita que o ritmo da produção será mantido ao longo deste ano: "Teremos um crescimento de 3% no volume transformado, e muito provavelmente o índice será maior em faturamento, com um percentual de aumento devido à negociação de repasse nos custos".
Com cerca de 1,25 mil empresas e um total aproximado de 27,8 mil empregos diretos, a indústria plástica do Estado se destaca pela variedade de produtos e nichos de mercado - de utilidades domésticas a não tecidos, passando por embalagens, componentes para calçados e peças agrícolas, por exemplo. A busca de inovação e qualificação - especialmente em áreas como São Leopoldo, com o Instituto Senai de Inovação em Engenharia de Polímeros; e Caxias do Sul e Bento Gonçalves, com as Escolas do Plástico - é constante. Para o Sinplast, um obstáculo ainda é a questão logística. "Nossa dificuldade é que estamos na ponta do País, e o crescimento de consumo está cada vez mais distante dos polos de crescimento. E temos a ameaça externa de competitividade, inclusive com a atração de empresas gaúchas para o Paraguai, que oferece posição geográfica mais vantajosa com relação ao Rio Grande do Sul", observa Deitos.
A Fitesa, especializada em não tecidos, sente os efeitos da distância da fábrica de Gravataí em relação a outros polos. "Em nosso setor, há uma grande concentração do mercado consumidor e produtor, que são os nossos clientes diretos e seus clientes, na região Sudeste. O elevado custo logístico, no que se refere ao porto e às rodovias, é o principal impacto da infraestrutura em nossos negócios", explica o vice-presidente regional da empresa para a América Latina, Mateus Inacio.

Mercado mant�m movimenta��o

Diferentes segmentos da ind�stria pl�stica vivem perspectivas semelhantes em 2018. Em maior ou menor escala, o setor aposta na recupera��o da economia, mesmo em ritmo lento. Para a Fitesa, que fornece materiais n�o tecidos para a produ��o de artigos como fraldas e absorventes, o ano de 2017 foi de alguma austeridade. "O mercado de n�o tecidos ainda sofreu com o impacto da crise econ�mica no consumo das fam�lias de produtos descart�veis higi�nicos, os principais itens fabricados com nossos materiais. A recupera��o, ainda lenta em 2017, deve se acelerar em 2018 e nos anos seguintes", diz Mateus Inacio, vice-presidente da empresa, que tem f�bricas em oito pa�ses.
Com vendas l�quidas de US$ 838 milh�es (cerca de
R$ 2,8 bilh�es) em 2017, a Fitesa busca manter constante a introdu��o de novos produtos, especialmente no mercado brasileiro e latino-americano. Investimentos recentes nesse sentido foram a opera��o de uma nova f�brica em Cosm�polis (SP) e a aquisi��o da Pantex International - o que trouxe novos itens, como el�sticos, perfurados, laminados e embo�ados.
Novos investimentos tamb�m pautam outro importante ator do setor pl�stico do Estado, o grupo InBetta, que abrange seis empresas e � l�der em v�rios itens de consumo para uso dom�stico, em linhas como higiene, limpeza, organiza��o e conserva��o. Al�m de inaugurar recentemente uma f�brica e um Centro de Distribui��o em Pernambuco, com um investimento de R$ 160 milh�es, a holding est� concluindo obras nas unidades de Esteio. "Investimos em torno de R$ 40 milh�es em instala��es mais modernas, novas tecnologias e novos processos", destaca Eduardo Bettanin, diretor-presidente da InBetta.
O gestor comemora os resultados do ano passado, que devem se repetir em 2018. "Em 2017, percebemos uma pequena melhora no mercado, comparado com os anos anteriores. Estamos conseguindo crescer acima da infla��o. Para 2018, trabalhamos com uma previs�o de crescimento acima de 10%", antecipa Bettanin.
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