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ALIMENTOS

Not�cia da edi��o impressa de 25/05/2018. Alterada em 24/05 �s 19h37min

Ind�stria de alimentos aposta no potencial do Brasil

CLAITON DORNELLES /JC
Apesar da crise econômica que vem se arrastando há alguns anos, o diretor-presidente da Fröhlich, grupo 100% gaúcho e com sede em Ivoti, Lauro Carlos Fröhlich, diz que as expectativas sempre são otimistas e que segue acreditando no potencial de crescimento do Brasil. "A crise é real e afeta de forma direta as decisões de investimentos das empresas. Mas o Brasil é um país em desenvolvimento, populoso e tem um PIB mundialmente considerável. Em termos de negócios, o objetivo é continuar investindo na medida e em momentos oportunos, pois precisamos renovar e reforçar a capacidade produtiva da empresa", afirma o executivo.
Segundo Fröhlich, a recessão alterou o hábito de consumo de alimentos. Os produtos de maior valor agregado e/ou supérfluos foram substituídos por outros mais econômicos e essenciais; e o consumo de alimentos fora de casa foi reduzido. "Para enfrentar essas mudanças, o primeiro passo é entender esse cenário e, então, traçar planos de ação. Através do planejamento estratégico e de uma equipe diretiva, de gestores e colaboradores preparada para enfrentar estes desafios, é possível contornar a crise", observa.
O gerente comercial da Selecionados Uniagro, Pedro De Marchi Calazans, também está animado e pretende fechar 2018 com crescimento de 20% em relação ao ano passado. Em 2017, a empresa havia registrado alta de 25% ante o exercício anterior. Para alcançar o resultado, desafiador em um momento de retomada tímida do consumo, aposta em aumento da equipe de vendas, expansão de mercados importantes no Sul e Sudeste, participação em feiras e investimento em marketing.
Para o presidente do Sindicato das Indústrias da Alimentação do Estado do Rio Grande do Sul, Marcos Oderich, o mercado ficou muito mais competitivo, e os preços da grande maioria dos alimentos processados sofreram uma redução de até 25%, decorrente da maior oferta de produtos, da grande capacidade produtiva instalada nas indústrias e da queda significativa do poder de compra da população. "Para equilibrar essa equação, a indústria teve que reduzir seus custos diretos de produção e trabalhar com baixíssimas margens de lucro", afirma.
O dirigente espera as definições políticas para gerar mais estabilidade e confiança para o mercado trabalhar com projeção de negócios de médio e longo prazo. Com mais de 2,5 mil indústrias e 17,6 mil empregados formais - conforme levantamento de 2016 -, o setor representado pelo sindicato tem como maior e permanente desafio recuperar o poder de competição das suas vendas nos grandes centros consumidores do Brasil, como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. "Acreditamos que o acordo das secretarias da Fazenda, com a convalidação dos benefícios fiscais, deverá minimizar a guerra fiscal no mercado brasileiro", completa Oderich.

CBS inaugura nova planta

O segundo semestre ser� de novidades para a CBS, que ir� implantar a nova planta industrial em Esteio. Segundo o gestor de Compras Atacado e Gestor de Importa��es, Everson de Cesaro, ser� a maior e mais moderna estrutura para tratamento e embalamento de gr�os diversos do Estado. O investimento � uma das apostas da empresa para manter a competitividade em um cen�rio cada vez mais acirrado. "O mercado come�a a se recuperar. Apesar de lentamente, notamos um certo otimismo dos nossos clientes varejistas", diz Cesaro, que comemora os bons resultados do primeiro trimestre. O crescimento no volume de venda nos tr�s primeiros meses de 2018 chegou a 16% em rela��o ao ano passado.
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