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Economia

- Publicada em 27 de Maio de 2018 às 22:49

Indústrias gaúchas param atividades com o protesto

Greve está causando problemas sem precedentes, diz Slaviero

Greve está causando problemas sem precedentes, diz Slaviero


JÚLIO SOARES/DIVULGAÇÃO/JC
Roberto Hunoff
Os dois maiores grupos empresariais de Caxias do Sul terão a rotina de produção alterada nesta semana em função da paralisação dos caminhoneiros, que tem impedido o abastecimento normal de matérias-primas e insumos. Após votação na quinta (24) e na sexta-feira (25), os funcionários da Marcopolo aprovaram a interrupção da produção em todas as fábricas no Brasil - Caxias do Sul, Duque de Caxias (RJ) e São Mateus (ES) - no período de 28 de maio a 1 de junho.
Os dois maiores grupos empresariais de Caxias do Sul terão a rotina de produção alterada nesta semana em função da paralisação dos caminhoneiros, que tem impedido o abastecimento normal de matérias-primas e insumos. Após votação na quinta (24) e na sexta-feira (25), os funcionários da Marcopolo aprovaram a interrupção da produção em todas as fábricas no Brasil - Caxias do Sul, Duque de Caxias (RJ) e São Mateus (ES) - no período de 28 de maio a 1 de junho.
Também foi acordado que, para cumprir o compromisso de entregas aos clientes, haverá compensação das horas conforme alinhamento realizado com o Sindicato dos Metalúrgicos. De acordo com nota da fabricante de carrocerias de ônibus, caso haja possibilidade de retorno antecipado, os colaboradores serão informados.
Depois de suspender as atividades na última sexta-feira, a Randon S.A. Implementos e Participações terá atuação diferente para as suas empresas localizadas em Caxias do Sul. As marcas que atuam no site Interlagos - Randon Implementos e Veículos, JOST, Master, Suspensys e Castertech/WE - seguirão fechadas nesta segunda-feira, sem atividades fabris, conforme votação realizada junto a seus funcionários. A parada não se estende aos serviços financeiros, que envolvem o Banco Randon e a Randon Consórcios. Já o site Forqueta - que contempla Fras-le e Campo de Provas - volta a operar normalmente nesta segunda-feira. A empresa informa que continua avaliando o movimento dos caminhoneiros para decidir os próximos passos no decorrer desta semana.
Muitas da indústrias moveleiras do Rio Grande do Sul, impactadas pela falta de gás e escassez parcial de matérias-primas, suspenderam atividades. Em nota, as diretorias da Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul e do Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves reconhecem a legitimidade das manifestações, mas não apoiam a interdição das rodovias. "O País não pode ficar refém da paralisação que traz graves consequências à sociedade", manifestam os representantes das entidades.
Para o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico (Simecs), Reomar Slaviero, as manifestações são coerentes e decorrentes de insatisfações com o aumento dos combustíveis, mas alerta que estão gerando um problema econômico e social sem precedentes. O dirigente sindical espera que o governo não transfira às empresas qualquer medida que venha a ser tomada visando à redução do preço dos combustíveis, onerando ainda mais o peso da carga tributária para o setor industrial.
O Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado (Sindilat) informou que, apesar da liberação pontual de cargas de leite cru em algumas rodovias do Rio Grande do Sul, as indústrias enfrentam severas dificuldades para receber e processar a produção, parte dela já estragada dentro dos caminhões que ficaram retidos por dias nas barreiras. O trânsito de caminhões-tanque segue interrompido em várias regiões. Algumas empresas registram falta de embalagens e insumos para viabilizar o processamento.
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