A Caixa Econômica Federal registrou lucro líquido de R$ 3,2 bilhões no primeiro trimestre do ano, alta de 114,5% ante o mesmo período de 2017, informou o banco nesta quinta-feira. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, a alta foi de 37,7%. A margem financeira - a diferença entre a receita e despesa de juro -, avançou 1% ante um ano antes.

O maior lucro líquido trimestral atingido pelo banco foi impulsionado pelo crescimento nas receitas com prestação de serviços, que subiram 6,2%, ao mesmo tempo em que as despesas administrativas recuaram 12,5%, ainda impactadas pelo plano de demissão voluntária iniciado em 2017, diz o banco.

A carteira de crédito ampla do banco recuou 2,1%, para R$ 700,2 bilhões. A Caixa atribui a queda à estratégia adotada pela instituição para se adequar às regras de Basileia III - sistema de regras financeiras internacionais criado para garantir solidez a bancos.

O banco avançou em carteiras consideradas de menor risco, como habitação, em que já é líder de mercado, com alta de 4,9%, e infraestrutura, que subiu 4,9%, mas reduziu a linha comercial - houve queda de 25,2% para a pessoa jurídica e de 11,5% para a física.

O índice de inadimplência acima de 90 dias subiu 0,07 ponto percentual em 12 meses e fechou em 2,9%. Apesar do leve aumento, as provisões para créditos duvidosos (risco de calote) voltaram a cair (-27,7%) no trimestre e somaram R$ 3,7 bilhões.

Em 10 de maio, o conselho de administração do banco aprovou uma meta de lucro para 2018 de R$ 9 bilhões, resultado que depende de um corte de custos operacionais de R$ 2,6 bilhões. A previsão é encerrar as atividades de cerca de 100 agências, restando 4.100 em funcionamento. A Caixa fechou o primeiro trimestre do ano com 4.200 agências. A Caixa encerrou 2017 com alta de 107% de seu lucro líquido recorrente, para R$ 8,6 bilhões.