Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 16 de Maio de 2018 às 21:49

Limitação de calado reduz a lucratividade da soja

Falta de dragagem está onerando em até R$ 2,00 a saca de soja

Falta de dragagem está onerando em até R$ 2,00 a saca de soja


/VANESSA ALMEIDA DE MORAES/EMATER-RS/ASCAR/DIVULGAÇÃO/JC
Jefferson Klein
A demora na dragagem do porto do Rio Grande (que até pouco tempo aguardava a liberação do Ibama e agora espera recursos provenientes do governo federal) afeta praticamente todos os setores da economia gaúcha. Contudo, o segmento agrícola, com o escoamento das safras, é uma das áreas mais preocupadas com o tema. O presidente da Farsul, Gedeão Pereira, comenta que há estimativas que a limitação do calado está custando de R$ 1,00 a R$ 2,00 por saca de soja (60 quilos). Para se ter uma ideia do que isso representa, no ano passado o volume de soja em grão exportado pelo Rio Grande do Sul totalizou cerca de 12 milhões de toneladas.
A demora na dragagem do porto do Rio Grande (que até pouco tempo aguardava a liberação do Ibama e agora espera recursos provenientes do governo federal) afeta praticamente todos os setores da economia gaúcha. Contudo, o segmento agrícola, com o escoamento das safras, é uma das áreas mais preocupadas com o tema. O presidente da Farsul, Gedeão Pereira, comenta que há estimativas que a limitação do calado está custando de R$ 1,00 a R$ 2,00 por saca de soja (60 quilos). Para se ter uma ideia do que isso representa, no ano passado o volume de soja em grão exportado pelo Rio Grande do Sul totalizou cerca de 12 milhões de toneladas.
O calado diminuído, devido à falta de dragagem, faz com que as embarcações não possam sair do complexo rio-grandino com carga plena ou é preciso esperar pela maré alta. "Quanto custa o navio parado? Evidentemente alguém está pagando essa conta", frisa Pereira.
Com o objetivo de indicar soluções para problemas como esse e aprimorar o transporte fluvial no Estado foi criada oficialmente ontem a Associação Hidrovias RS, na sede da Farsul, em Porto Alegre.
Além de terminais portuários, fazem parte da associação entidades como a Farsul, Fiergs, Fecomércio-RS e Federarroz. O coordenador da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), Wilen Manteli, acumulará a presidência da instituição recém formada "A nossa intenção ao criar essa entidade é aglutinar, criar uma coalizão empresarial para apresentar propostas", enfatiza. O dirigente ressalta que os governos, tanto federal como estadual, não possuem recursos e é preciso o meio empresarial buscar novos modelos.
Manteli adianta que os planos que serão elaborados pela Associação Hidrovias RS serão apresentados aos candidatos ao governo do Estado. Uma possibilidade que será discutida é a dos próprios agentes logísticos terem mais autonomia e desembolsarem recursos próprios para viabilizar a operação em hidrovias e de portos gaúchos. O dirigente informa que as embarcações pagam cerca de R$ 65 milhões por ano em tarifas para atracarem no porto do Rio Grande. Entretanto, boa parte desses recursos, ao invés de ser revertida para a infraestrutura portuária, é encaminhada para o Caixa Único do governo estadual.
O custo logístico do Rio Grande do Sul, segundo Manteli, equivale a 19% do PIB gaúcho, maior do que o nacional, que representa um percentual de 12% Atualmente, a estimativa da Associação Hidrovias RS é que se movimente pelo modal fluvial cerca de 7 milhões de toneladas ao ano em cargas no Estado. Porém, há um potencial para elevar imediatamente esse número para 10 milhões de toneladas anuais.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO