O alívio no câmbio durou pouco e o dólar voltou a subir na sexta-feira, dia 11. A moeda norte-americana fechou em alta de 1,43%, cotada a R$ 3,6002 - novo patamar e maior cotação desde 31 de maio de 2016. Naquele pregão de dois anos atrás, os mercados domésticos estressaram com a notícia de que a Polícia Federal indiciara o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e dois executivos do banco no inquérito da Operação Zelotes.
O giro dos negócios à vista alcançou US$ 820 milhões. Operadores ainda esperam que o dólar encontre um novo patamar, na casa dos R$ 3,50 ou R$ 3,60, para que a volatilidade possa ser reduzida. Na semana, o dólar à vista acumulou alta de 2,14%.
Depois de três altas consecutivas, o Índice Bovespa cedeu na sexta-feira a um movimento de realização de lucros moderado e terminou o dia em baixa de 0,75%, aos 85.220 pontos. Mesmo com o resultado, o índice encerrou a semana com ganho acumulado de 2,53%.
Ao longo das últimas sessões, boa parte da alta acumulada veio de ações do setor de commodities, lideradas pelos papéis da Petrobras, que na terça-feira divulgou balanço trimestral com resultados considerados positivos. Além disso, os preços do petróleo avançaram para os maiores valores em três anos e meio nos mercados futuros de Londres e Nova Iorque. Os papéis da petroleira também foram alvo das operações de realização de lucros hoje, que levaram Petrobras PN a terminar o dia em queda de 1,20%, enquanto Petrobras ON avançou 0,38%. A queda dos preços do petróleo favoreceu a correção, principalmente à tarde. No acumulado da semana, a ação ordinária da estatal disparou 21,18% e a preferencial ganhou 14,23%.
Na ponta contrária estiveram as ações do setor financeiro, bloco de maior peso na composição da carteira teórica do Ibovespa e, por isso, em boa medida responsáveis pelo viés negativo do Ibovespa no dia. Itaú Unibanco PN teve baixa de 0,84%.