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Turismo

- Publicada em 13 de Maio de 2018 às 21:34

Culturas maia e inca atraem turistas ao México e Peru

Machu Picchu recebe 2,5 mil vistantes por dia, número limitado para manter o local preservado

Machu Picchu recebe 2,5 mil vistantes por dia, número limitado para manter o local preservado


/EITAN ABRAMOVICH/AFP/JC
Sítios arqueológicos de mais de 5 mil anos, vales históricos, cidades todas construídas (e mantidas) em pedra calcária ou barro, desertos, e floresta. Tudo isso pode ser encontrado em países como México e Peru, que têm intensificado a divulgação de seus destinos em feiras e encontros de turismo no Brasil. E o resultado é que, a cada ano, aumenta o número de visitantes internacionais - incluindo brasileiros - que desembarcam nas capitais de ambos países, em busca de história e cultura, além de outros atrativos de lazer. De acordo com a diretora para o Brasil do Conselho de Promoção Turística do México, Diana Lorena Pomar Pavon, em 2017 houve crescimento de 12,1% no volume de turistas internacionais que chegaram ao México. E dos 39,3 milhões de visitantes de outros países que chegaram ao destino, mais de 345 mil eram brasileiros.
Sítios arqueológicos de mais de 5 mil anos, vales históricos, cidades todas construídas (e mantidas) em pedra calcária ou barro, desertos, e floresta. Tudo isso pode ser encontrado em países como México e Peru, que têm intensificado a divulgação de seus destinos em feiras e encontros de turismo no Brasil. E o resultado é que, a cada ano, aumenta o número de visitantes internacionais - incluindo brasileiros - que desembarcam nas capitais de ambos países, em busca de história e cultura, além de outros atrativos de lazer. De acordo com a diretora para o Brasil do Conselho de Promoção Turística do México, Diana Lorena Pomar Pavon, em 2017 houve crescimento de 12,1% no volume de turistas internacionais que chegaram ao México. E dos 39,3 milhões de visitantes de outros países que chegaram ao destino, mais de 345 mil eram brasileiros.
"O México ocupa a oitava posição no ranking turístico da Organização Mundial do Turismo (OMT)", comenta Diana. Muitas pessoas buscam conhecer alguns dos maiores sítios arqueológicos com ruínas e pirâmides da civilização maia, que se encontram em terras mexicanas. Considerada uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno, o Chichén Itzá, distante cerca de 200 quilômetros de Cancún, é o mais famoso sítio arqueológico maia e uma das atrações turísticas mais visitadas no País. São 6,5 km2 de construções como a Pirâmide de Kukulcán e o Cenote Sagrado (gruta natural abaixo do nível do solo, que já foi local onde os maias realizavam sacrifícios humanos).
Os maias foram uma das principais civilizações pré-colombianas e formaram uma sociedade dinâmica, com conhecimentos extensos da matemática e arquitetura à astronomia. Seu domínio se estendeu por territórios que hoje formam a América Central e pela Península de Yucatán, a ponta caribenha do México, cuja porta de entrada é Cancún. Já no Peru, a cultura e a gastronomia inca são consideradas como algumas das principais riquezas do país. "Para a população peruana, o legado de civilizações como a de Caral (a mais antiga das Américas) e dos incas é algo de extrema importância", comenta a consultora do Ministério de Comércio Exterior e Turismo do Peru, Maria Tereza Figueiredo.
Somente Machu Picchu recebe 2,5 mil pessoas por dia (número limitado por questões de preservação do local). Para chegar lá, após a viagem de trem que sai de Cusco, a maioria das pessoas usa transfers com veículos que as empresas locais oferecem, no entanto, muita gente tem optado por chegar até a cidade pré-colombiana localizada no topo de uma montanha (a 2,4 mil metros de altitude, no vale do rio Urubamba) através de trilhas. "É uma experiência incrível percorrer o mesmo caminho que os Incas fixados na região dos Andes faziam para chegar a Machu Picchu, saindo do Vale Sagrado", comenta Maria Tereza.
Também é possível chegar ao local trilhando caminhos paralelos, que podem durar de três a sete dias. No entanto, é preciso planejamento, avisa a consultora do Ministério de Comércio Exterior e Turismo do Peru. "Só é permitido passar ali 500 pessoas por dia, e é necessário se inscrever para fazer o passeio", explica. Maria Tereza destaca que o Peru é um destino que "não é muito caro", principalmente se o objetivo for conhecer através de trilhas (uma vez que dá para optar ficar na capital, Lima, em um dos muitos hotéis cinco estrelas da cidade). "O valor do soles (moeda local) é praticamente equivalente ao do real", compara.
Com folga, nove noites de viagem ao Peru permitem rentabilizar ao máximo uma semana de férias - saindo na sexta-feira e voltando no outro domingo. Neste meio tempo, dá para visitar (em ritmo intenso) a capital Lima, Cusco, o Vale Sagrado e Machu Picchu, sem correria. "O Peru tem muito potencial para turismo. Se consegue fazer viagens boas sem gastar muito, com experiências riquíssimas", reforça Maria Tereza. Segundo dados do Escritório Comercial do Peru no Brasil, o Rio Grande do Sul responde por 8% dos visitantes que chegam àquele país, tendo registrado crescimento significativo em sua participação, que em 2013 era de 5%. No total, 56 voos semanais (diretos) ligam o Brasil ao Peru, através das companhias aéreas Latam e Avianca. A maioria (33) sai de São Paulo. Atualmente, há sete voos diários, partindo de Porto Alegre para Lima.

Desertos, enigmas arqueológicos e praias paradisíacas estão nos roteiros

A mexicana Los Cabos é conhecida por ser um roteiro de luxo

A mexicana Los Cabos é conhecida por ser um roteiro de luxo


FREEIMAGES/DIVULGAÇÃO/JC
Tanto o Peru quanto o México oferecem muito mais que imersão cultural e histórica vinculada às civilizações maias e incas (como se só isso não fosse suficiente atrativo para a visitação dos destinos). Além dos sítios arqueológicos e trilhas, os turistas que desembarcam no Peru, por exemplo, podem optar por conhecer os encantos e enigmas de Paracas. Lá o visitante pode se deparar com um imenso deserto que contrasta com as praias do Oceano Pacífico. Basta comprar um ingresso para a Reserva de Paracas em uma agência de turismo local. "Também há as Linhas de Nazca, outra atração misteriosa e encantadora", comenta a consultora do Ministério de Comércio Exterior e Turismo do Peru, Maria Tereza Figueiredo.
Localizada no Sul do Peru, entre os Vales de Ingenho e Nazca, a atração é um conjunto de 500 imagens (geoglifos) que representam diferentes animais, plantas, seres humanos e desenhos geométricos, que se estendem sobre uma chapada de 500 km quadrados em um deserto, e que só podem ser visualizadas do alto (sobrevoando o local), devido a seus tamanhos. Já o México, um dos destinos mais acolhedores das Américas, segundo a diretora para o Brasil do Conselho de Promoção Turística do México, Diana Lorena Pomar Pavon, é um destino perfeito para quem gosta de praias, boa gastronomia e muita diversão. "Um dos segmentos que cresceu foi o turismo de romance, que acontece não somente nas cidades de Cancún e Riviera Maya, mas também em Los Cabos, Cidade do México e Puerto Vallarta."
Diana destaca que para quem gosta de surf, pesca esportiva ou mergulho, Los Cabos é "ideal". "A região foi chamada de o aquário do mundo por
Jacques Cousteau", comenta. Junto com Riviera Nayarit (o mais novo destino turístico do México com "uma paisagem espetacular de montanhas", localizado ao Norte do Aeroporto Internacional de Puerto Vallarta), Los Cabos também é destino de luxo, com uma rede hoteleira de alto padrão, incluindo empreendimentos com campos de golfe, para quem gosta do esporte. "Outra novidade está em Cancún, que há quatro anos abriga o Museu Subaquático de Arte, com 400 peças submergidas. Assinadas pelo artista britânico Jason de Caires Taylor, as obras são esculturas feitas com pedra alcalina, que podem ser vistas a partir de um passeio aquático de snorkel ou mergulho. "Pode-se chegar na região de barco, por um valor de US$ 80 dólares, em média", informa Diana.