O Índice Bovespa deu continuidade ao desempenho positivo da véspera e teve novo pregão de ganhos firmes nesta quinta-feira, mais uma vez tendo como destaque as altas das bolsas de Nova Iorque e das ações da Petrobras. Nesta que foi a terceira sessão consecutiva de alta, o Ibovespa avançou 1,89%, aos 85.861 pontos. Os negócios somaram R$ 11,7 bilhões, dentro da média das últimas semanas.
Os principais eventos do dia ocorreram no período da manhã e exerceram influência nos negócios ao longo de todo o pregão. Nos Estados Unidos, a inflação abaixo do esperado medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (CPI) em abril (0,2%) amenizou temores de um aperto monetário mais forte no país, o que favoreceu a queda do dólar e a alta das bolsas. Por aqui, o IPCA do mês passado (0,22%) ficou no piso das estimativas e reforçou a expectativa de mais um corte na taxa Selic, o que também beneficia o mercado de ações.
Depois da disparada da quarta-feira, as ações da Petrobras ainda tiveram fôlego para nova rodada de altas, e com forte volume de negócios. Assim como na véspera, a movimentação global dos dois papéis respondeu por cerca de um terço dos negócios na bolsa. Ao final do pregão, Petrobras ON e PN subiram 2,29% e 5,95%.
Ainda falando em empresas de controle público, a contrapartida do dia ficou com a ação do Banco do Brasil, que caiu 3,67%, destoando da alta generalizada das ações do setor financeiro, outro importante destaque do dia. A ação respondeu aos resultados trimestrais divulgados pela instituição, considerados bons em termos de números, mas fracos em termos de qualidade. Itaú Unibanco PN teve alta de 2,73% e Bradesco PN avançou 2,01%.
Depois de acumular alta de 2,7% em seis pregões de maio, o dólar desacelerou nesta quinta-feira em relação ao real. A moeda americana só operou em baixa ao longo do dia e recuou 1,35% no fechamento, para R$ 3,5493.
O sossego no mercado veio depois da divulgação de indicadores de inflação aqui e nos Estados Unidos. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,2% em abril ante março. O resultado ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam alta de 0,3% do CPI. Esse dado afastou, pelo menos por hoje, a preocupação em relação a pressões inflacionárias na economia americana.