As principais culturas de verão estão praticamente todas colhidas no Rio Grande do Sul. Segundo a Emater, o milho e a soja já estão com 96% da área total semeada colhida; e o arroz, com 95%. Com o encerramento da safra de soja na maioria das lavouras e regiões, a tendência é que seja acelerada a colheita das lavouras maduras de milho grão e de milho silagem, contando com as condições meteorológicas atuais de tempo seco.
Com a colheita do milho em finalização, as atenções se voltam especialmente à comercialização, que atinge mais de dois terços da produção colhida. Os preços esboçam leves aumentos, fundamentados nas dificuldades climáticas que a safrinha vem enfrentando, estoques pequenos e importação quase que proibitiva em razão das altas nas cotações do dólar.
Restando no Estado apenas 4% da área de mais de 5,7 milhões de hectares de soja a ser colhida, ela deverá avançar rapidamente ao seu término, com os produtores e suas máquinas aproveitando as condições de clima seco que vem ocorrendo nesses últimos períodos.
A comercialização do arroz continua com menores volumes de negócios e com preços abaixo do esperado pelos produtores. Dificulta as vendas internas a contínua importação de arroz do Paraguai, pressionando os preços para baixo.
Em relação à principal cultura de inverno, o trigo, os produtores continuam mobilizados em busca de crédito de custeio, reserva de sementes e no planejamento para então definir o tamanho da área que irão cultivar. A tendência, que era de redução de áreas de cultivo, pode ser revertida em razão do aquecimento dos preços.