O reajuste nos pre�os dos rem�dios pressionou a infla��o oficial brasileira em abril, elevando o �ndice para 0,22%, ante 0,09% no m�s anterior.�Ainda assim, a infla��o permanece nos patamares mais baixos desde o in�cio do Plano Real, considerando o acumulado no ano ou em 12 meses.
Como resultado do reajuste anual vigente desde 31 de mar�o, os pre�os dos rem�dios subiram 1,52% e contribu�ram com metade da infla��o de abril, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) nesta quinta-feira.�O grupo sa�de teve alta de 0,91%, tamb�m pressionado por aumento no custo do plano de sa�de.
Outros segmentos que contribu�ram para a infla��o foram vestu�rio (0,62%), puxado por pre�os maiores de roupas femininas, e habita��o (0,17%), por causa do pre�o da energia, impulsionado por reajustes na conta de luz no Rio de Janeiro e em Porto Alegre.
Com alta de 0,09%, os alimentos permanecem em patamares baixos em rela��o a anos anteriores, contribuindo para manter a infla��o acumulada abaixo do piso da meta do governo. Foi a menor varia��o para o m�s desde 2007, quando o aumento foi de 0,03%.
Em abril, os maiores aumentos foram verificados na cebola (19,55%), hortali�as (6,46%) e leite longa vida (4,94%), refletindo o fim do per�odo chuvoso.�"Repetindo uma boa safra como a do ano passado, os alimentos v�o contribuir para segurar o custo de vida das fam�lias", disse o gerente da pesquisa, Fernando Gon�alves.�J� a alimenta��o fora de casa registrou queda de 0,22%, resultado de promo��es e realinhamento de pre�os de restaurantes diante da baixa demanda provocada pela crise econ�mica, disse Gon�alves.
A infla��o acumulada em 2018 � de 0,92%, o menor patamar desde 1994. Em 12 meses, soma 2,76%, tamb�m o menor �ndice desde o in�cio do real.�� o d�cimo m�s consecutivo em que esse indicador fica abaixo de 3%, o piso da meta estabelecida pelo governo - que � de 4,5% com toler�ncia de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Em 2017, a infla��o foi de 2,97% e ficou abaixo do piso da meta pela primeira vez na hist�ria, o que gerou a necessidade de justificativa pelo Banco Central. Em carta ao Minist�rio da Fazenda, a institui��o citou o pre�o dos alimentos como causa para o descumprimento da meta.
O �ltimo relat�rio Focus, do Banco Central (BC), mostra que o mercado espera que o IPCA feche o ano em 3,49%. Na ata da �ltima reuni�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), o BC projeta 3,8%.�Em maio, diz o IBGE, a infla��o pode ter impactos de aumento no pre�o da energia, com a ado��o da bandeira amarela na conta de luz e reajustes em cidades como Porto Alegre, Fortaleza e Salvador.