As eleições no Brasil e no México continuam a ser um "risco significativo" para os dois países neste ano, na avaliação do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), formado pelos 500 maiores bancos do mundo e com sede em Washington. A entidade afirma que a incerteza com as urnas não permite saber se a política atual será mantida no País, mas também aponta que, se não houver uma mudança radical, o Brasil deve crescer mais neste ano e no próximo.
O IIF afirma que o País supera uma recessão apoiado em relaxamento "significativo" da política monetária e em condições globais favoráveis no ano passado. O ímpeto por reformas, a dinâmica favorável dos preços e uma posição externa equilibrada ajudam a retomada, apesar da maior incerteza política, diz ele. "Isso permite que o banco central reduza os juros com ímpeto, enquanto ancora a estabilidade financeira", afirma. "Nós esperamos uma recuperação constante na entrada de capital não residente neste ano e no próximo, consistente com um fortalecimento gradual da economia", afirma o IIF. Enquanto isso, ele prevê que a retirada de capital dos residentes deve aumentar antes da eleição presidencial de outubro.
O IIF diz ainda que as condições financeiras mais apertadas, impulsionadas pela alta dos juros nos Estados Unidos, e as crescentes tensões internacionais poderiam significar pressão de baixa para o real, o que limitaria a capacidade do Banco Central brasileiro de manter uma política monetária acomodatícia, mesmo com a inflação sob controle.