Em um contexto de crescente preocupação quanto à escalada global entre os Estados Unidos e a China, um grupo de 41 países - incluindo o Brasil - apresentou um manifesto à Organização Mundial do Comércio (OMC) pedindo que essa entidade impeça uma guerra comercial. O texto circulou durante um encontro informal das delegações em Genebra, antecedendo a reunião oficial do Conselho Geral ontem.
Enquanto diversas das missões aderiam ao manifesto, ele foi lido pelo representante permanente da Suíça, Didier Chambovey, em nome de todo o grupo. Os signatários incluem Argentina, Chile, Coreia do Sul e Turquia. Poucos europeus, com a exceção de Suíça e Islândia, participaram.
"Estamos preocupados com as crescentes tensões comerciais e com os riscos relacionados a elas aos sistemas multilaterais de troca", diz o texto.
A questão das guerras comerciais e do protecionismo têm se tornado urgente nas relações internacionais, com as diversas sinalizações do presidente americano, Donald Trump, de que favorece uma abordagem mais isolacionista do que seu antecessor no cargo, Barack Obama. Trump é, ademais, crítico à própria atuação da OMC.
No caso do Brasil, a preocupação maior é com as sobretaxas impostas pelos EUA a diversos países. Em especial, as cotas do aço, consideradas inaceitáveis por Brasília.