O Ibovespa operou em terreno negativo durante praticamente toda a sessão de negócios desta quinta-feira, e fechou em queda de 1,49%, aos 83.288 pontos. Foi o terceiro pregão consecutivo de perdas do índice, que teve influências internas e externas ao longo do dia. Em meio à volatilidade das bolsas de Nova Iorque, os investidores repercutiram novos indícios de que a recuperação da economia será mais lenta que o esperado.
Os principais fatores do mau humor vieram pela manhã, com resultados aquém das estimativas. A produção industrial caiu 0,1% em março ante fevereiro. Os balanços corporativos também decepcionaram, tendo como destaques Ultrapar e Cielo. Os dois papéis lideraram as perdas do Ibovespa, com -10,16% e -6,20%, depois de anunciarem seus resultados financeiros do primeiro trimestre.
Banco do Brasil ON teve a maior desvalorização (-2,83%). As ações do setor siderúrgico também estiveram entre as quedas mais expressivas do dia. Os papéis refletiram a aceitação pelo Brasil do sistema de cotas para exportação de aço imposto pelos Estados Unidos. CSN ON caiu 3,70% e Usiminas recuou 2,22%. Beneficiada pelas operações em solo americano, Gerdau PN foi na contramão e subiu 1,54%, a maior alta do Ibovespa. Das 66 ações do índice, aliás, somente cinco terminaram o dia com ganhos.