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Livros

- Publicada em 11 de Maio de 2018 às 18:17

Tropicália

Detalhe da capa do livro

Detalhe da capa do livro


REPRODUÇÃO/JC
Jaime Cimenti
Neste ano que lembramos, analisamos e comemoramos os acontecimentos de 1968, o importantíssimo movimento cultural Tropicália, que surgiu entre 1967 e 1968, deve ser visto como um de seus protagonistas. A Tropicália se iniciou com músicos criativos como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Tom Zé, Capinam e outros, e contou com cantoras do porte de Gal Costa, artistas plásticos como Hélio Oiticica e cineastas como Glauber Rocha. O legado da Tropicália, que criou novos padrões, mas respeitou algumas tradições, se faz sentir até hoje.
Neste ano que lembramos, analisamos e comemoramos os acontecimentos de 1968, o importantíssimo movimento cultural Tropicália, que surgiu entre 1967 e 1968, deve ser visto como um de seus protagonistas. A Tropicália se iniciou com músicos criativos como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Tom Zé, Capinam e outros, e contou com cantoras do porte de Gal Costa, artistas plásticos como Hélio Oiticica e cineastas como Glauber Rocha. O legado da Tropicália, que criou novos padrões, mas respeitou algumas tradições, se faz sentir até hoje.
Tropicália - Gêneros, identidades, repertórios e linguagens (Educs, 344 páginas), segunda edição ampliada e atualizada, traz 14 textos de vários autores, organizados pelas professoras-doutoras Ana Mery Sehbe De Carli e Flávia Brocchetto Ramos e também dois trabalhos delas. O hibridismo semiótico da Tropicália, a relação com a Bossa Nova, a suprassensorialidade da arte, Gil e Caetano, arquitetura e contracultura, o antropofagismo musical no Rio Grande do Sul e outros tópicos estão na obra.
Mesclando aspectos arcaicos e modernos, os músicos baianos a partir de 1967 buscavam inserção no mercado da produção cultural e na sociedade de massa, sem, contudo, deixar de criticá-los. Questionavam a direita reinante e ao mesmo tempo uma estética de esquerda que menosprezava a forma artística surgida.
Escreveu Lúcia Santaella, na contracapa: "Além da evidente herança antropofágica do tropicalismo, lembrada por muitos dos seus teóricos e críticos, um dos seus traços mais marcantes encontra-se na mistura de gêneros, identidades, repertórios e linguagens. Essa mistura é tratada neste livro como manifestação criativa de um hibridismo semiótico, capaz de amalgamar o popular e o erudito, a criação e a crítica, o deboche e a festa, a música e sua teatralização. Opondo-se aos preconceitos de que só há redundância nos meios de massa, a Tropicália soube trazer para o meio televisivo o 'biscoito fino' de um enredo sonoro novo: corrosivo, risível, mas, sobretudo, inventivo".
Tropicália - Gêneros, identidades, repertórios e linguagens apresenta diversos olhares sobre o movimento, a partir de vários ângulos, através de ensaios apresentados no colóquio sobre o movimento, realizado na Universidade de Caxias do Sul em 2007. A obra inspira novos estudos e mostra que a Tropicália vive.
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