O presidente nacional do PSDB, Geraldo Alckmin, lamentou ontem a situação de seu companheiro de partido Aécio Neves, que se tornou réu, mas ressaltou que a Justiça, no País, deve ser para todos.
Na saída de evento em Brasília, o também pré-candidato presidencial afirmou ter visto o episódio com tristeza e observou que o senador mineiro ainda terá a oportunidade de se defender. "Não existe Justiça verde, amarela, azul ou vermelha. Só existe Justiça. Decisão judicial se respeita, e a lei é para todos, sem distinção", afirmou.
Alckmin negou que o episódio cause embaraço ao partido ou à sua candidatura. Segundo ele, cabe apenas a Aécio agora definir se será candidato nas eleições deste ano. "Cabe a ele definir o que vai fazer e como fazer", disse.
O ex-governador de São Paulo ministrou palestra ontem, em encontro nacional de vereadores, promovido em Brasília. No seu discurso, ele chegou a afirmar que "quem fica rico na política é ladrão". Em março, uma reportagem da Folha de S.Paulo mostrou que, depois das eleições de 2014, o patrimônio de Aécio triplicou. Questionado posteriormente se a frase também se referia ao senador tucano, Alckmin negou. "Não vou fazer prejulgamento. Aécio é de uma família abastada", respondeu.