A disposição da Coreia do Norte de limitar suas ambições nucleares será testada na cúpula entre o líder Kim Jong-un e o presidente sul-coreano, Moon Jae-in - a terceira entre líderes dos dois países e a primeira em 11 anos. Os dois se encontraram na manhã desta sexta-feira (noite de quinta-feira no Brasil) e posaram para fotos apertando as mãos.
A aparente concessão de Pyongyang de fechar um local de testes nucleares subterrâneos perdeu peso na quarta-feira, com a divulgação de estudo de cientistas chineses que apontou o desmoronamento das instalações.
A reunião pavimentará o terreno para a cúpula que Kim e o presidente dos EUA, Donald Trump, terão nas próximas semanas, em data a ser definida. Os líderes das duas Coreias se reunirão pela primeira vez do lado Sul da fronteira, em um evento que está sendo planejado milimetricamente, com ensaios prévios de cada passo. As cúpulas anteriores, de 2000 e 2007, ocorreram em Pyongyang.
Além da questão nuclear, a agenda discutirá um acordo de paz que coloque fim oficial à Guerra da Coreia (1950-1953). Qualquer decisão nessa direção dependerá dos EUA, que assinaram o armistício que suspendeu o conflito. Moon e Kim discutirão questões como cooperação, ajuda humanitária e visitas familiares - cerca de 60 mil sul-coreanos têm parentes no Norte.