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Internacional

- Publicada em 22 de Abril de 2018 às 22:23

Marito sai na frente no Paraguai

O ex-senador Mario Abdo Benítez, de 46 anos, do Partido Colorado (de direita), o Marito, como é conhecido, saiu à frente na apuração das eleições presidenciais do Paraguai realizadas ontem. Homônimo de seu pai, braço direito do ditador Alfredo Stroessner (1912-2006), ele tinha 46,6% dos votos com 90% das urnas apuradas (até as 21h30min de Brasília), contra 42,7% de Efraín Alegre, do Partido Liberal (centro), que fez aliança com a Frente Guasú (esquerda), do ex-presidente Fernando Lugo. Se confirmada a vitória, os colorados manterão a hegemonia no país - a sigla só ficou de fora do poder em cinco dos últimos 70 anos.
O ex-senador Mario Abdo Benítez, de 46 anos, do Partido Colorado (de direita), o Marito, como é conhecido, saiu à frente na apuração das eleições presidenciais do Paraguai realizadas ontem. Homônimo de seu pai, braço direito do ditador Alfredo Stroessner (1912-2006), ele tinha 46,6% dos votos com 90% das urnas apuradas (até as 21h30min de Brasília), contra 42,7% de Efraín Alegre, do Partido Liberal (centro), que fez aliança com a Frente Guasú (esquerda), do ex-presidente Fernando Lugo. Se confirmada a vitória, os colorados manterão a hegemonia no país - a sigla só ficou de fora do poder em cinco dos últimos 70 anos.
A vantagem parcial, porém, tinha diferença menor do que a prevista nas pesquisas antes da eleição e de boca de urna, que apontavam margens superiores aos 10 pontos percentuais - algumas superando os 20. Marito também conseguiu menos da metade dos eleitores - no Paraguai não há segundo turno.
O candidato defendeu a continuidade das políticas econômicas do presidente Horácio Cartes, junto com uma agenda conservadora alinhada com seu movimento, o Colorado Añetete (verdadeiro, em guarani). Propôs o serviço militar obrigatório para filhos de mães solteiras como forma de diminuir a insegurança e o consumo de drogas e se colocou contra a legalização do aborto e o casamento entre pessoas do mesmo sexo, em um país com 96% da população cristã. Porém, amenizou o discurso sobre corrupção para não atingir Cartes e outros colorados envolvidos em processos.
Sobre política externa, disse que priorizará a abertura do Mercosul a outros países do mundo. "O Mercosul tem um potencial ainda não desenvolvido à profundidade que eu gostaria. Nós vamos continuar aprofundando os laços com os países do bloco e abrirmos ao mundo." Sobre a Venezuela, afirmou que manterá as críticas à administração de Nicolás Maduro.
Entre as propostas mais concretas estão a redução da tarifa de energia e a construção de infraestrutura para usar a parte vendida a Brasil e Argentina das usinas hidrelétricas de Itaipu e Yacyretá; a saúde pública gratuita e o imposto sobre o tabaco.
Também contou a seu favor a ligação de Efraín com a Frente Guasú, embora o liberal tenha tentado diminuir a influência dos esquerdistas em temas como as políticas econômica e externa, o que aproximou as propostas dos dois lados.
Segundo a Justiça Eleitoral, o comparecimento na eleição foi de 64%, quatro pontos superior ao registrado em 2013, quando Cartes venceu Alegre. Cerca de 4,2 milhões de paraguaios estavam aptos a votar, incluindo cerca de 300 mil cadastrados em EUA, Espanha, Argentina e Brasil.
Marito nasceu em 10 de novembro de 1971, na época em que o pai trabalhava para Stroessner. Estudou na infância e adolescência no Colégio San Andrés, um dos melhores de Assunção. Em 1999, último ano da ditadura, uniu-se às Forças Armadas, tornando-se paraquedista.
Empresário do setor asfáltico, aderiu à política em 2005. Tornou-se vice-presidente do Partido Colorado e, sete anos depois, elegeu-se senador. Foi presidente do Congresso entre 2015 e 2016, ao mesmo tempo em que fomentava seu projeto de buscar a presidência.
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