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Porto Alegre, quarta-feira, 18 de abril de 2018.

Jornal do Com�rcio

Internacional

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pol�tica

Not�cia da edi��o impressa de 19/04/2018. Alterada em 18/04 �s 19h57min

Miguel D�az-Canel � indicado para suceder Ra�l Castro em Cuba

Escolha de D�az-Canel (d) n�o deve modificar a pol�tica da ilha

Escolha de D�az-Canel (d) n�o deve modificar a pol�tica da ilha


/STR/AFP/JC
Miguel Díaz-Canel, primeiro vice-presidente do Conselho de Estado, foi oficialmente indicado ontem pela Assembleia Nacional como o sucessor de Raúl Castro em Cuba. Em sessão que começou às 9h (10h de Brasília), a Comissão de Candidaturas Nacional apresentou sua proposta para a composição do novo conselho, com Díaz-Canel na presidência - cargo que representa os de chefe de Estado e de governo em Cuba. A nomeação ainda precisa ser confirmada hoje no principal órgão legislativo, mas há pouco espaço para surpresas. Díaz-Canel foi aplaudido de pé pelos colegas e recebeu um aperto de mão e um abraço de Raúl.
Nas últimas seis décadas, a ilha foi governada pelos irmãos Castro: Fidel, que morreu aos 90 anos, e Raúl, que prometeu se aposentar aos 86. O novo líder será o primeiro, desde a Revolução Cubana, com outro sobrenome e representando uma geração mais jovem do que aquela que pegou em armas para derrubar a ditadura de Fulgêncio Batista (1952-1959) e desafiar os EUA, estabelecendo um regime socialista a 150 quilômetros de sua costa.
Só houve uma sucessão presidencial, e ela foi programada. Em 2006, Fidel Castro entregou o comando do país ao irmão caçula - primeiro, interinamente; depois, oficialmente. Fidel estava doente e morreu dez anos depois.
Nos últimos 12 anos, Raúl adotou algumas medidas de abertura do regime. Meio milhão de cubanos, hoje, trabalham no setor privado. Desde 2013, quem quiser pode deixar o país, sem precisar de autorização para viajar ou ter que fugir de barco, em uma perigosa travessia para a costa da Flórida. A compra e a venda de imóveis e carros, mesmo limitadas, foram permitidas. E a internet chegou à ilha, que conta com mais de 600 áreas públicas com conexão Wi-Fi.
Os Castro deixarão o poder após quase 60 anos, mas Raúl seguirá à frente do Partido Comunista Cubano (até 2021) e das Forças Armadas - postos que, de fato, ditam a política na ilha. A expectativa, portanto, é de que Díaz-Canel siga sob o comando do general. O mandato do Conselho de Estado - que é formado por presidente, primeiro vice-presidente, outros cinco vices, um secretário e mais 23 membros (na última legislatura havia 25) - é de cinco anos.
A visão de que a saída de Raúl não trará mudanças é partilhada pela maioria da população, tanto por críticos do regime quanto por pessoas próximas a ele. A própria Assembleia Nacional tentava promover, na terça-feira, nas redes sociais, a hashtag #SomosContinuidad (somos continuidade).
 

Elei��es em sistema unipartid�rio definem integrantes da Assembleia Nacional

Os nomes do Conselho de Estado foram anunciados ap�s a posse dos membros da Assembleia Nacional confirmados nas elei��es de mar�o. Um por um, foram lidos todos os 605 nomes dos integrantes da Assembleia, a come�ar por Ra�l Castro, seguido de D�az-Canel.
Depois, foram propostos os nomes para ocupar os postos de presidente, vice-presidente e secret�rio da Assembleia - movimento seguido de uma vota��o secreta para confirmar a proposta. Desta vez, todos os deputados seguiram para um local de vota��o reservado, onde preencheram uma c�dula e a depositaram na urna. S� esse processo durou mais de uma hora.
As elei��es em Cuba - de sistema unipartid�rio - come�aram em 2017, com a escolha dos membros das assembleias municipais, em vota��o direta e secreta. Depois, a Comiss�o de Candidaturas indicou a essas assembleias uma lista pronta com os nomes dos candidatos �s assembleias provinciais e � nacional. Nesta �ltima, eram 605 candidatos para as 605 vagas; portanto, os cubanos foram �s urnas apenas para confirmar a lista.
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