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Porto Alegre, ter�a-feira, 17 de abril de 2018.

Jornal do Com�rcio

Internacional

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S�ria

Not�cia da edi��o impressa de 18/04/2018. Alterada em 17/04 �s 20h36min

Inspetores iniciam investiga��o sobre ataque em Douma

Guerra de informa��o envolve EUA e seus aliados contra S�ria e R�ssia

Guerra de informa��o envolve EUA e seus aliados contra S�ria e R�ssia


/LOUAI BESHARA/AFP/JC
Uma equipe de inspetores internacionais da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) conseguiu ingressar ontem na cidade de Douma, na periferia de Damasco, capital da Síria, onde teria acontecido o ataque químico no dia 7 de abril, afirmou a agência estatal síria.
A missão esperava, há dias, autorização da Síria e da Rússia para entrar na região de Ghouta Oriental, que era dominada por rebeldes na ocasião do suposto ataque. A Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que pelo menos 40 pessoas morreram e outras 500 foram feridas durante a ofensiva, que motivou o bombardeio aéreo conjunto de Estados Unidos, França e Reino Unido contra a Síria no sábado (noite de sexta-feira no Brasil).
O presidente sírio, Bashar al-Assad, nega participação no ataque em Douma. Já o governo russo afirma que as imagens do suposto uso de armas químicas foram forjadas.
A visita dos inspetores da Opaq ao local deveria ter ocorrido na segunda-feira, mas acabou sendo adiada. O governo britânico disse que Damasco e Moscou impediram a ida dos agentes a Douma. O vice-chanceler russo, Serguei Ryabkov, justificou o adiamento pela falta de garantias de segurança aos especialistas da Opaq na ocasião.
Também ontem, militares russos afirmaram ter encontrado estoques de armas químicas dos rebeldes sírios na cidade atingida pelo ataque com gás tóxico. Alexander Rodionov, da unidade militar russa de proteção a armas químicas, informou que especialistas encontraram cloro e componentes para a produção de gás mostarda em um laboratório rebelde de Douma.
Ativistas culpam o governo sírio pelo ataque químico, que matou ao menos 40 pessoas. Segundo Rodionov, a lata encontrada com cloro é semelhante à das imagens divulgadas pelos ativistas.
Moscou, aliada do presidente Assad, acusa os rebeldes de fingirem um ataque com a assistência dos britânicos. O Reino Unido rejeita a alegação.
 

Em discurso no Parlamento Europeu, presidente franc�s defende ofensiva

Em um discurso no Parlamento Europeu ontem, o presidente franc�s, Emmanuel Macron, defendeu a participa��o de seu pa�s na ofensiva contra a S�ria, apesar da rea��o contr�ria de diversos parlamentares, que seguraram cartazes com cr�ticas � medida. Assim que Macron come�ou sua fala, um grupo de deputados levantou pap�is com as frases "pare a guerra na S�ria" e "tire as m�os da S�ria".
Visivelmente irritado, o presidente fez, ent�o, uma defesa moral do bombardeio realizado no s�bado, em parceria com os Estados Unidos e o Reino Unido. A a��o foi uma resposta a um ataque com armas qu�micas realizado na cidade de Douma.
"Ficamos indignados cada vez que vemos imagens de crian�as e mulheres que morreram no ataque com cloro (elemento usado como arma qu�mica). Vamos ficar sentados esperando? Vamos defender os direitos dizendo que eles valem apenas para n�s, os princ�pios valem apenas para n�s, e a realidade vale para os outros? N�o! N�o!", disse o franc�s, que terminou sua fala quase aos gritos.
"Tr�s pa�ses intervieram e, permitam-me ser franco e honesto, isso foi pela honra da comunidade internacional", completou ele, que foi aplaudido por parte dos deputados. As declara��es de Macron sobre o ataque foram semelhantes �s dadas na segunda-feira pela primeira-ministra brit�nica, Theresa May. Ela afirmou que autorizou o ataque na S�ria porque a a��o era a decis�o correta a ser feita.
Os l�deres foram criticados por n�o terem buscado apoio legislativo para a empreitada e s�o acusados de terem autorizado o ataque por press�o do presidente norte-americano, Donald Trump - o que Paris e Londres negam.
Al�m da quest�o s�ria, Macron usou o discurso no Parlamentou Europeu para voltar a defender sua proposta de reformas para a Uni�o Europeia (UE). Oficialmente, ele foi convidado para falar sobre o futuro do bloco ap�s a sa�da do Reino Unido, o Brexit.
O franc�s afirmou que as mudan�as s�o necess�rias para enfrentar a onda de nacionalismo que atinge o continente. "Para encarar o autoritarismo, a resposta n�o � uma democracia autorit�ria, e sim a autoridade da democracia", afirmou, sem citar exemplos de governos populistas na regi�o, como a Hungria e a Pol�nia.
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