Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Geral

- Publicada em 18 de Abril de 2018 às 22:00

Vacinação contra gripe começa segunda-feira

Porto Alegre terá 595 mil doses da imunização para o público-alvo

Porto Alegre terá 595 mil doses da imunização para o público-alvo


JONATHAN HECKLER/ARQUIVO/JC
Suzy Scarton
Segunda-feira, dia 23 de abril, será o início da campanha nacional de vacinação contra a gripe. A previsão inicial era de que começasse nesta semana, mas teve de ser adiada devido a questões logísticas. Ainda assim, a campanha se inicia bem antes do inverno, o que deve ser suficiente para imunizar boa parte do público-alvo.
Segunda-feira, dia 23 de abril, será o início da campanha nacional de vacinação contra a gripe. A previsão inicial era de que começasse nesta semana, mas teve de ser adiada devido a questões logísticas. Ainda assim, a campanha se inicia bem antes do inverno, o que deve ser suficiente para imunizar boa parte do público-alvo.
O Dia D será em 12 de maio, mais de um mês antes do começo da estação mais fria do ano. A campanha termina no dia 1 de junho, e, de antemão, já foi decidido que não haverá prorrogação. O Rio Grande do Sul - que, por vezes, antecipa a campanha nacional - optou por obedecer ao calendário do Ministério da Saúde. Neste ano, o Estado já teve alguns casos de hospitalizações por gripe influenza. Até dia 9 de abril, haviam sido registrados sete casos do tipo A, quatro H3N2 e um H1N1, e outros dois do tipo B. Não há registro de óbitos. O número é considerado baixo em comparação com os dados de 2017, quando, no mesmo período, havia 15 casos registrados. O ano passado foi considerado mais tranquilo com relação à doença - no total, foram 48 óbitos e 440 ocorrências. No mundo todo, a gripe mata de 300 mil a 500 mil pessoas a cada ano.
O pediatra da Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Porto Alegre, Juarez Cunha, explica que, como o vírus da gripe é imprevisível, a melhor forma de se prevenir é se vacinando. A Capital receberá 595 mil doses. "Muitas pessoas encaram um quadro de gripe como benigno, por isso, há uma certa relutância em se proteger. O problema é que, quando existem mutações do vírus, há um potencial importante de causar hospitalização ou mesmo morte. Pode ser um quadro leve, moderado, ou pode evoluir para uma catástrofe", pondera.
Um mito que faz com que as pessoas hesitem em se proteger é o de que a vacina causa a doença. No entanto, Cunha garante que a imunização é feita com um vírus inativo, ou seja, é incapaz de causar a gripe. "Em geral, as pessoas procuram (os postos) quando a situação está mais crítica, aparecendo com frequência na mídia e causando mortes. Se não tem essa repercussão, vão deixando para depois", conta.
No Brasil, já foram contabilizados 286 casos de influenza - 117 ocorrências e 16 óbitos provocados pelo H1N1, responsável pela pandemia de 2009, e 71 casos e 12 mortes causadas pelo H3N2. No Rio Grande do Sul, a dose aplicada na rede pública é a trivalente, que protege contra três tipos de influenza - A (H1N1), A (H3N2) e B - e que precisa ser renovada a cada ano. Normalmente, após o período de campanha, o Estado costuma liberar doses remanescentes para a população em geral, mas ainda não se sabe se isso ocorrerá neste ano - vai depender da procura da população que pertence ao público-alvo. Em clínicas particulares, as doses já estão disponíveis, com preço médio de R$ 100,00. A vantagem de procurar uma clínica é a oferta da dose tetravalente, que protege contra os vírus H1N1, H3N2 e duas linhagens do tipo B.
O Ministério da Saúde também ressaltou que, ao contrário do que vem sendo propagado via redes sociais, não existe uma cepa do H2N3 no Brasil ou em qualquer país do mundo. O vírus, que causou uma forte epidemia nos Estados Unidos no começo do ano, com mais de 47 mil casos registrados, é uma variação do H3N2. Mesmo que tenha se propagado no país norte-americano, não significa que o mesmo cenário se repetirá no Brasil.
Pessoas que se encaixam no público-alvo devem ser as primeiras a procurar a imunização. Idosos com mais de 60 anos, crianças de seis meses a menores de cinco anos, gestantes, puérperas (mulheres com até 45 dias de pós-parto), trabalhadores da área de saúde, professores, detentos, profissionais do sistema prisional e indígenas compõem esse público.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO