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Esportes

- Publicada em 13 de Abril de 2018 às 19:07

CBV aguarda posicionamento da FIVB para poder convocar Tifanny

Agência Estado
O técnico José Roberto Guimarães deixou a oposta Tifanny de fora da lista inicial de convocadas da seleção brasileira feminina de vôlei, que vai disputar a Liga das Nações a partir do próximo mês. A primeira jogadora trans da Superliga feminina não foi incluída na lista de dez jogadoras chamadas nesta sexta-feira.
O técnico José Roberto Guimarães deixou a oposta Tifanny de fora da lista inicial de convocadas da seleção brasileira feminina de vôlei, que vai disputar a Liga das Nações a partir do próximo mês. A primeira jogadora trans da Superliga feminina não foi incluída na lista de dez jogadoras chamadas nesta sexta-feira.
Inicialmente, a meta de Zé Roberto era dar uma chance à jogadora do Sesi Vôlei Bauru. Mas, por cautela, o treinador manteve a atleta de fora da lista após a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) receber um aviso da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) de que está revendo a participação de atletas trans em competições internacionais.
"A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) foi informada pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB), em carta enviada a todas as federações nacionais, da criação de um grupo de trabalho para estudar e definir os critérios de elegibilidade dos atletas nas competições internacionais", escreveu a CBV, em nota enviada à reportagem do Estado.
A entidade, então, vai aguardar a finalização dos estudos para avaliar a eventual convocação da jogadora no futuro. "Respeitando a diretriz da FIVB de que se aguarde a conclusão do estudo que definirá as novas regras de elegibilidade, a CBV não chegou a considerar a convocação da oposta Tiffany Abreu. A CBV entende a posição da FIVB para que esta decisão esteja pautada em fundamentos sólidos, que promovam a inclusão sem comprometer o equilíbrio técnico entre as equipes no voleibol."
Em janeiro deste ano, a FIVB ratificou a presença de atletas transgêneros em competições oficiais, após reunião médica realizada na cidade de Lausanne, na Suíça. No entanto, na época avisou que estava ainda promovendo estudos mais aprofundados para uma decisão final sobre estes casos.
Tifanny, assim, segue dentro das regras do Comitê Olímpico Internacional (COI), da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) e da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). Ela fez a cirurgia para mudança de sexo - algo que o COI não vê como obrigatório - e mantém a taxa de testosterona bem abaixo dos 10 nmol por litro permitidos - a dela é 0,2 nmol/l. Também possui documentação feminina, algo que a FIVB exige.
Na atual edição da Superliga Feminina, ela se destacou pela alta média de pontos. Foram 5,4 pontos por set, a melhor média até o momento da Superliga - o Bauru, equipe da atleta, foi eliminado nas quartas de final.
Sem Tifanny, Zé Roberto chamou apenas uma oposta nesta lista inicial de convocadas: Tandara. As outras nove jogadoras da relação são: as levantadoras Macris e Fabíola, as centrais Thaisa, Carol, Adenízia, Bia e Mara, a ponteira Rosamaria e a líbero Leia. Sem anunciar o número de jogadoras que ainda serão chamadas, o treinador não deu prazo para completar a lista. Ele também deverá chamar atletas do Dentil/Praia Clube e do Sesc RJ, que disputam a final da Superliga.
Nesta primeira convocação do ano, o técnico visa à participação do Brasil na Liga das Nações, que vai substituir o Grand Prix. Na primeira etapa, a seleção vai jogar em Barueri, entre os dias 15 e 17 de maio. Na sequência, jogará a segunda etapa em Ancara, na Turquia.
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