O Bradesco teve aumento de 9,8% no lucro no primeiro trimestre do ano em relação ao mesmo período de 2017, para R$ 5,102 bilhões, com aumento das receitas de prestação de serviços, corte de despesas e uma redução das provisões contra calotes de clientes. Esses fatores ajudaram a compensar o recuo na carteira de crédito do banco e a queda nos prêmios (valores pagos por clientes) no segmento de seguros.
Na comparação com o quarto trimestre, o lucro cresceu 4,9%. Em conferência por telefone, o presidente do banco, Octavio de Lazari, que assumiu o cargo em março, avaliou o resultado do Bradesco como sólido. "Os fundamentos do nosso balanço estão sólidos e equilibrados. Temos também prioridades para 2018, que já vêm sendo desenvolvidas desde 2017, que é manter uma disciplina de custos nesse e nos próximos anos, lembrando que os ajustes devem ser graduais a partir de agora, pois já estão praticamente concluídos o ajuste do HSBC", afirmou.
A linha PDD Expandida, que estima perdas com provisões previstas com inadimplência, caiu 26,3% ano a ano e 28% na base sequencial, somando R$ 3,89 bilhões.
O indicador de inadimplência acima de 90 dias teve seu quarto trimestre de redução - caiu para 4,39%, 1,2 ponto percentual em 12 meses. O índice antecedente de inadimplência, chamado NPL creation, foi de 1,2%, contra 1,8% no ano anterior.
O banco ainda informou que suas despesas administrativas, de R$ 9,64 bilhões, recuaram 0,4% no comparativo anual e 5,7% ante o trimestre anterior. Nos 12 meses anteriores a março, o Bradesco fechou 414 agências, detendo 4.708, e dispensou 9,05 mil funcionários, mantendo 97,6 mil. A instituição apresentou queda em sua carteira de crédito expandida - de 486,645 bilhões no fim de março - de 3,2% em 12 meses e de 1,3% na base sequencial. O valor ficou bem abaixo do intervalo de expansão de 3% a 7% previsto pelo próprio Bradesco para o ano.